O escape de material radioativo em Ascó, Espanha, em novembro de 2007, foi detectado pelo Conselho de Segurança Nuclear (CSN) na época. Mas agora, o Greenpeace acusa a central de já saber do acidente anteriormente, mas não tê-lo revelado. A organização está analisando os dados entregues pela CSN, mas já está segura de que o conselho nuclear escondeu o fato.
O relatório entregue à organização inclui as sondas infra-vermelhas de vigilância da CSN, em que o Greenpeace declarou ter detectado, com "total certeza", oscilação de radioatividade que coincide com o vazamento em dezembro. A rede detectou presença de material nuclear inclusive na praia de Almadraba, a 50 quilômetros de Ascó.
"É impossível que eles não tenham visto", declarou Carlos Bravo, responsável pelo departamento nuclear do Greenpeace. A organização ambiental vai utilizar os dados cedidos por eles em um processo penal contra a CSN por ocultar o vazamento radioativo.
Os dados da rede de vigilância apontam também emissão de radioatividade ao longo de dezembro de 2007 e janeiro de 2008 - e que coincidem com as ordens de descontaminação do sistema de ventilação responsável pelo escape. O Greenpeace está realizando, também, um relatório sobre o impacto ambiental, e solicitou que, se comprovado perdas maiores no meio ambiente do que o divulgado, que se reclassifique o vazamento dentro da escala internacional, atualmente no nível dois.
A CSN já descartou a possibilidade e avisou que, na realidade, o acidente tinha sido classificado como um, e atualmente subiu para o nível dois pela omissão de dados.
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