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domingo, 23 de novembro de 2008

Chuva ácida e Ilhas de Calor

Chuva ácida

Fenômeno nocivo tem atividade humana como principal causa


Um dos grandes problemas ambientais do mundo atual é a chuva com alta concentração de ácidos em sua composição, conhecida como chuva ácida. Os principais agentes naturais responsáveis pela produção de gases lançados na atmosfera e que provocam a chuva ácida são os vulcões e os processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos.No entanto, as atividades humanas são os principais agentes causadores dos gases poluentes que causam a chuva ácida. O maior exemplo é a ação das indústrias, das usinas termoelétricas e dos veículos de transporte que utilizam combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão. O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês, em 1852. A expressão foi usada para descrever a precipitação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial.
Combustíveis fósseis
A água da chuva já é naturalmente ácida devido a uma pequena quantidade de dióxido de carbono dissolvido na atmosfera. Quando não é natural, a chuva ácida é provocada principalmente pela ação das fábricas e dos carros que queimam combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Ao queimar combustíveis fósseis, os automóveis e as indústrias liberam na atmosfera um grande número de poluentes. Dessa poluição um pouco se precipita, depositando-se sobre o solo, as árvores, monumentos etc. Outra parte circula na atmosfera e mistura-se com o vapor de água.Tais poluentes reagem com a umidade do ar e a luz solar, criando substâncias altamente ácidas, como o ácido sulfúrico, o ácido nítrico e o ácido muriático. As gotas de chuva acabam levando esses ácidos para rios, lagos e florestas, tornando o solo e a água impróprios para a vida.

Polui aqui, chove ali

Por causa do vento, a precipitação pode ocorrer a centenas de quilômetros do local onde os poluentes foram liberados. Ou seja, as chuvas ácidas podem cair a grandes distâncias das fontes poluidoras, prejudicando outros países. As regiões mais afetadas pela chuva ácida são as que apresentam maior grau de industrialização, como Europa, América do Norte e Ásia.No Brasil, os trechos de mata atlântica que recobrem a Serra do Mar nas proximidades de Cubatão, no litoral de São Paulo, e a floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, já sofreram efeitos da chuva ácida. Alguns trechos foram parcialmente destruídos, tornando-se necessário reflorestar os locais para que os solos não ficassem expostos à ação do clima, com o risco de causar deslizamentos de terra. Nos últimos anos, o consumo mundial de combustíveis fósseis quadruplicou e continua a aumentar. Os subprodutos da combustão desses materiais nas indústrias e nos automóveis agregam-se com a umidade e o oxigênio da atmosfera, formando os poluentes. Estes, ao serem dissolvidos na chuva, caem no solo sob a forma de chuva ácida.

Quanto mais poluição, maior a acidez

Com o aumento da poluição atmosférica, a acidez da chuva tornou-se mais acentuada, a tal ponto que as precipitações se converteram em grande ameaça para florestas, colheitas e numerosas fontes de água doce.Além do dano causado aos lagos e rios, e a destruição de florestas e colheitas, a chuva ácida tem também efeito corrosivo para os monumentos, paredes de casas e edifícios, estátuas, veículos, turbinas hidrelétricas etc.Algumas medidas que podem atenuar a formação de chuva ácida são: economia de energia usa de transporte coletivo (diminuindo-se o número de carros, também diminui a quantidade de poluentes), uso de fontes de energia menos poluentes, utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre e purificação dos escapamentos dos veículos, entre outras.


Ilhas de Calor

Grandes cidades são ilhas de calor

Quase tudo que existe nas metrópoles tem origem artificial. O que existe de natural acaba sempre apresentando alterações provocadas pela interferência do homem, como é o caso do clima, o chamado clima urbano.Nas grandes cidades, geralmente a camada de ar mais próxima ao solo é mais aquecida do que nas áreas rurais. A cidade é considerada um grande modificador do clima devido às intensas atividades humanas, ao grande número de veículos em circulação, à presença maciça de indústrias, prédios, asfalto nas ruas, e à diminuição de áreas verdes. Tudo isso provoca mudanças profundas não só na atmosfera local, mas também na temperatura e nas chuvas da região. O aumento do calor na cidade altera a circulação dos ventos, a umidade relativa do ar e as chuvas. Materiais como o asfalto das ruas e o concreto, encontrado nas casas e nos edifícios, propiciam a evaporação rápida da água da chuva que está no solo, reduzindo o resfriamento. As partículas emitidas pelos veículos automotores e pelas indústrias produzem o aumento da quantidade de nuvens e, conseqüentemente, de chuvas, pois a poeira e a fuligem desempenham o papel de núcleos higroscópicos que facilitam a condensação do vapor de água da atmosfera.A mudança nas características da atmosfera local é provocada pela substituição dos materiais naturais pelos urbanos. Por isso, podemos observar o aumento da temperatura nas grandes cidades, fenômeno chamado de ilha de calor, uma anomalia térmica que faz o ar da cidade se tornar mais quente que o das regiões vizinhas.


Fonte : Geocites

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O que são os transgênicos?

Introdução

Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.
Pode-se, com essa tecnologia, inserir genes de porcos em seres humanos, de vírus ou bactérias em milho e assim por diante. Quase todos os países da Europa têm rejeitado os produtos transgênicos. Devido à pressão de grupos ambientalistas e da população, os governos europeus proibiram sua comercialização e seu cultivo (quase 80% dos europeus não querem consumir transgênicos).As sementes transgênicas são patenteadas pelas empresas que as desenvolveram. Quando o agricultor compra essas sementes, ele assina um contrato que o proíbe de replantá-las no ano seguinte (prática de guardar sementes, tradicional da agricultura), comercializá-las, trocá-las ou passá-las adiante.Os EUA, o Brasil e a Argentina concentram 80% da produção mundial de soja, na sua maioria exportada para a Europa e para o Japão. Estes mercados consumidores têm visto no Brasil a única opção para a compra de grãos não transgênicos.São enormes as pressões que vêm sendo feitas sobre o governo brasileiro pelo lobby das indústrias e dos governos americano e argentino e sobre os agricultores brasileiros, através de intensa propaganda da indústria, para que os transgênicos sejam liberados e cultivados.Ainda não existem normas apropriadas para avaliar os efeitos dos transgênicos na saúde do consumidor e no meio ambiente e há sérios indícios de que eles sejam prejudiciais. Os próprios médicos e cientistas ainda têm muitas dúvidas e divergências quanto aos riscos dessas espécies. Não existe um só estudo, no mundo inteiro, que prove que eles sejam seguros.Os produtos contendo transgênicos que estão nas prateleiras de alguns supermercados não são rotulados para que o consumidor possa exercer o seu direito de escolha.

Os 7 pecados capitais dos transgênicos

Conheça os principais problemas dessa tecnologia que coloca em xeque a biodiversidade do planeta, provoca inúmeros problemas na agricultura mundial e afronta diretamente o Princípio da Precaução, da ONU.

1. Contaminação genética

Agricultores que queiram se dedicar ao cultivo convencional ou orgânico já sabem: se tiver alguma plantação transgênica nas redondezas, a contaminação é garantida e a missão, impossível. Tem sido assim nos Estados Unidos, onde tudo começou, na Europa, Argentina e sul do Brasil. Com a contaminação, agricultores têm prejuízos ao perderem o direito de vender suas safras como convencionais e/ou orgânicas.
O Greenpeace tem publicado anualmente um Registro sobre Contaminação Transgênica sobre os muitos casos verificados em todo o mundo.

2. Ameaça à biodiversidade

A contaminação genética pode ter também um efeito devastador na biodiversidade do planeta. Ao liberar organismos geneticamente modificados na natureza, colocamos em risco variedades nativas de sementes que vêm sendo cultivadas há milênios pela humanidade. Além disso, os transgênicos podem afetar diretamente seres vivos que habitam o entorno das plantações, conforme indicam estudos científicos - como no caso das borboletas monarcas, que são insetos não-alvo da planta transgênica inseticida, mas são também atingidas.

3. Dependência dos agricultores

A empresa de biotecnologia Monsanto é hoje a maior produtora de sementes do mundo, convencionais e transgênicas. Além disso, é também uma das maiores fabricantes de herbicidas do planeta, com destaque para o Roundup, muito usado em plantações de soja geneticamente modificada no sul do Brasil. Com essa venda casada - semente transgênica mais o herbicida ao qual a planta é resistente -, os agricultores ficam presos num ciclo vicioso, totalmente dependentes de poucas empresas e das políticas de preços adotadas por elas. Outro grande problema verificado nos países que têm adotados os transgênicos - principalmente os Estados Unidos e Argentina -, é a draconiana propriedade intelectual exercida pelas empresas sobre as sementes transgênicas. O agricultor é proibido de guardar sementes de um ano para o outro, podendo sofrer pesados processos caso faça isso, e ainda corre o risco de ser processado de qualquer maneira caso a sua plantação sofra contaminação genética de uma outra transgênica - e ele não tiver como provar isso.

4. Baixa produtividade

Os argumentos de quem defende os transgênicos como solução para a crise alimentar que vivemos vêm caindo por terra dia após dia. Os transgênicos já se mostraram pouco competitivos economicamente e recentes estudos promovidos por universidades americanas comprovaram que variedades transgênicas são até 15% menos produtivas do que as convencionais. Confrontadas com os resultados das pesquisas, empresas de biotecnologia admitiram que seus transgênicos não foram criados para serem mais produtivos, mas sim para serem resistentes aos agrotóxicos fabricados por essas mesmas empresas. Num primeiro momento, os transgênicos podem até ser mais produtivos do que os cultivos convencionais ou orgânicos/ecológicos, mas no médio e longo prazos, o que se tem verificado é uma redução na produção e um aumento significativo nos preços dos insumos como o glifosato, principal herbicida usado em plantações transgênicas.

5. Desrespeito ao consumidor (rotulagem)

O Brasil tem uma lei de rotulagem em vigor desde 2004, que obriga os fabricantes de alimentos a rotular as embalagens de todo produto que usam 1% ou mais de matéria-prima transgênica. No entanto, apenas duas empresas de óleo de soja rotulam algumas de suas marcas do produto - e mesmo assim só depois de terem sido acionadas judicionalmente pelo Ministério Público. Há milhares de produtos nas prateleiras dos supermercados brasileiros que chegam à mesa das pessoas sem a devida informação sobre o uso de substâncias geneticamente modificadas, numa afronta direta à lei e num claro desrespeito ao consumidor.O Greenpeace publica, desde 2002, o Guia do Consumidor com uma lista verde de produtos que não usam transgênicos em sua fabricação e outra lista, vermelha, com produtos que podem conter organismos geneticamente modificados em sua composição.

6. Uso excessivo de herbicida

O caso da Argentina é emblemático: depois que os transgênicos começaram a serem plantados em suas terras, o consumo de herbicida explodiu no país, que passou a ser um dos que mais usam produtos químicos em plantações no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A explicação é simples: como os transgênicos são resistentes a um tipo específico de herbicida, o agricultor usa cada vez mais dele para proteger sua plantação de pragas. Com o tempo, no entanto, esse uso excessivo provoca problemas no solo, nos trabalhadores e promove o surgimento de pragas resistentes ao herbicida, exigindo mais e mais aplicações.

7. Ameaça à saúde humana

Não existem estudos científicos que comprovem a segurança dos transgênicos para a saúde humana. Apesar de exigidos por governos de todo o mundo, as empresas de biotecnologia nunca conseguiram apresentar relatórios nesse sentido - e ainda assim, seus produtos são aprovados. Por outro lado, alguns estudos independentes indicaram problemas sérios, como alterações de órgãos internos (rins e fígado) de cobaias alimentadas com milho transgênico MON863 da Monsanto.E ainda há o risco do uso excessivo do glusofinato, componente ativo da variedade transgênica Liberty Link, da Bayer, presente tanto no milho como no arroz geneticamente modificado produzido pela empresa. Problemas como esses levaram alguns países, como a Áustria, a proibírem a importação e comercialização desses produtos.
No Brasil, infelizmente, não existe o mesmo cuidado. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), responsável pela aprovação de transgênicos no país, vem dando sinal verde para variedades que enfrentam grande resistência em outros países, como no caso do milho MON810, da Monsanto, proibido na Europa e liberado no Brasil.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Especial - Carvão

Notícia


Hoterdã, Holanda.
Uma centena de ativistas ocuparam as obras de uma usina termelétrica a carvão da E.ON em Roterdã, na Holanda.
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Entenda o que é CARVÃO

Introdução

O carvão é o mais sujo dos combustíveis fósseis. Quando queimado, produz emissões que contribuem para o aquecimento global, criam chuva ácida e poluem a água. Com toda a polêmica em torno da energia nuclear, hidrelétrica e biocombustíveis, você está perdoado por pensar que aquele carvão sujo está finalmente fora do caminho.
O carvão, contudo, não é um resíduo sujo da Revolução Industrial - ele gera metade da eletricidade do mundo e provavelmente continuará fazendo isso enquanto for barato e abundante.

Definição

O carvão é um combustível fóssil composto primariamente de carbonos e hidrocarbonetos. Seus ingredientes ajudam a fazer plásticos, alcatrão e fertilizantes. Um derivado de carvão é um carbono solidificado chamado coque, que derrete minério de ferro e o reduz, criando o aço. Grande parte do carvão é usada na produção de energia. As empresas elétricas e usinas de energia queimam o carvão para fazer com que o vapor que aciona as turbinas gere eletricidade.
Quando o carvão queima, ele libera dióxido de carbono e outras emissões em gases combustíveis (as nuvens de fumaça que você vê saindo das chaminés).
Alguns sistemas controlam a queima de carvão para minimizar as emissões de dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio e substâncias particuladas. Depuradores de gás molhados, ou sistemas de dessulfurização de gás combustível, removem o dióxido de enxofre, uma das maiores causas da chuva ácida, borrifando gás combustível com calcário e água. A mistura reage com o dióxido de enxofre formando uma gipsita sintética, um componente de divisórias de folhas de gesso com papel.
Queimadores de baixo-NOx (óxido de nitrogênio) reduzem a criação de óxidos de nitrogênio, uma causa do ozônio no nível do chão, restringindo o oxigênio e manipulando o processo de combustão. Os precipitadores eletrostáticos removem as substâncias particuladas que agravam a asma e causam doenças respiratórias carregando as partículas com um campo elétrico e depois capturando-as em placas.
A gaseificação evita a completa queima do carvão. Com os sistemas de Ciclo Combinado de Gaseificação Integrada (CCGI), o vapor e o ar quente pressurizado ou oxigênio misturam-se com o carvão em uma reação que força a separação das moléculas de carbono. Isso resulta em gás de síntese, uma mistura de monóxido de carbono e hidrogênio, que é então limpo e queimado em uma turbina de gás para fazer eletricidade. A energia de calor da turbina de gás também abastece a turbina de vapor. Como a usina elétrica CCGI criou duas formas de energia, elas têm potencial para conseguir um combustível 50% eficaz.

Para onde vão as emissões?

Captura e armazenamento de carbono - uma das tecnologias mais promissoras de carvão limpo - captura e isola as emissões de dióxido de carbono (CO2) das fontes fixas como usinas elétricas. Como o CO2 contribui para o aquecimento global, reduzir sua liberação na atmosfera tem se tornado a maior preocupação internacional. Para descobrir as formas mais eficazes e econômicas de captura, os pesquisadores desenvolveram várias tecnologias.
A separação de gás combustível remove o CO2 com um solvente, retira o CO2 com vapor e condensa o vapor em um jato concentrado. A separação do gás combustível devolve o CO2 comercialmente útil, que ajuda a compensar seu preço. Outro processo, combustão oxicombustível, torna o combustível indelével pela ação do fogo transformando-o em oxigênio puro ou enriquecido para criar um gás combustível composto primariamente por CO2 e água - isto faz com que haja fuga de energia no intensivo processo de separação do CO2 de outros gases combustíveis. Uma terceira tecnologia, captura de pré-combustão, remove o CO2 antes que seja queimado como uma parte do processo de gaseificação.
Após a captura, contêineres seguros isolam o CO2 coletado para evitar ou interromper sua reentrada na atmosfera. As duas opções de armazenagem, geológica e oceânica, devem conter o CO2 até que os picos de emissões diminuam daqui a centenas de anos. A armazenagem geológica implica injetar o CO2 na terra. Esgotados os campos de petróleo ou gás e as salinas profundas, os aqüíferos seguramente contêm CO2, ao passo que o carvão que não pode ser escavado parece absorvê-lo. Um processo chamado de intensificar a recuperação de petróleo já usa CO2 para manter a pressão e melhorar a extração dos reservatórios de petróleo.
Armazenagem oceânica, uma tecnologia ainda em seus primeiros passos, implica a injeção de CO2 líquido na água entre 500 e 3.000 metros de profundidade, onde se dissolve sob pressão. Esse método, entretanto, diminuiria levemente o pH e causaria danos em potencial ao hábitat marinho. Todas as formas de armazenagem de CO2 precisam de preparação e monitoração cuidadosas para evitar problemas ambientais mais sérios que os benefícios de restrição do CO2.
Como as formas alternativas de energia ainda não podem substituir uma fonte de energia tão barata e abundante como o carvão, a tecnologia do carvão limpo promete mitigar os crescentes e severos efeitos climáticos das emissões de carvão. As empresas de serviços públicos e privados nem sempre, entretanto, aceitam a tecnologia puramente pelo bem do meio ambiente - a tecnologia deve, primeiro, trazer economia.
Limpar carvão e isolar suas emissões aumenta significantemente o preço por BTU daquilo que, ao contrário, seria um combustível barato. Ao passo que a venda de subprodutos como gipsita ou CO2 comercial para refrigerantes e gelo seco pode compensar o preço da tecnologia de carvão limpo, uma cobrança sobre o carbono poderia tornar a redução de emissão de gases financeiramente viável.



Fonte de Pesquisa: HowStuffWorks

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O poder das energias renováveis

O PODER DO VENTO

O vento existente nos seis continentes do planeta é suficiente para suprir o consumo mundial de energia em mais de quatro vezes o nível atual de consumo. A energia eólica já é uma história de sucesso e gera eletricidade para milhões de pessoas, empregos para dezenas de milhares de seres humanos e bilhões de dólares de lucro.
- Na China, a capacidade de geração de energia através do vento dobrou em 2002.
- Desde o início dos anos 70, o governo dinamarquês apóia o desenvolvimento e a implementação de uma forte indústria de energia eólica, especialmente através de abatimentos em impostos e investimentos públicos. Na Dinamarca, existem mais pessoas trabalhando na indústria de energia eólica do que na pesca.
- Na Mongólia, geradores portáteis de energia eólica são bastante usados por povos nômades em lâmpadas, rádios e outros aparelhos elétricos.


O PODER DO SOL

A luz solar que ilumina a Terra a cada hora é suficiente para suprir as necessidades humanas por um ano inteiro. Há muitas maneiras de utilizar esta fonte de energia:
- Coletores solares térmicos, que podem aquecer a água e o ar para casas e instalações industriais; ou energia solar fotovoltaica (PV), que gera eletricidade diretamente a partir da luz do sol. Simples, confiável, segura, e silenciosa, é uma eletricidade livre de qualquer poluição.
- Países em desenvolvimento instalaram mais de um milhão de sistemas domésticos de energia solar.
- Existem aproximadamente 150 mil sistemas domésticos de energia solar no Quênia, mais de 100 mil na China, 60 mil na Indonésia e mais de 300 mil lanternas solares na Índia.


O PODER DA BIOMASSA


Plantações podem ser cultivadas especificamente para a produção de combustíveis e a compostagem de material vegetal também pode ser usada para produzir gás metano, que, por sua vezes, pode ser utilizado como combustível. No entanto, cultivos geneticamente modificados não devem ser usados com essa finalidade, bem como não devem haver emissões tóxicas (provenientes, por exemplo, do uso de agrotóxicos) resultantes da queima desse tipo de combustível. Resíduos florestais e agrícolas também podem ser usados para produzir eletricidade e aquecer, sem causar o aumento dos níveis de CO2.


O PODER DAS PEQUENAS HIDROELÉTRICAS


Os projetos de usinas hidroelétricas de pequena escala usam o fluxo natural das águas dos rios para gerar eletricidade. Unidades hidroelétricas familiares contam com pequenas turbinas que usam o fluxo da água para gerar eletricidade para casas.
- Mais de 100 mil famílias no Vietnã usam pequenas turbinas de água para gerar eletricidade.
- Mais de 45 mil pequenos projetos de pequenas hidroelétricas estão sendo usados na China, gerando energia para mais de 50 milhões de pessoas.

Fonte: GreenPeace

sábado, 1 de novembro de 2008

Eólicas podem reduzir emissão de 10 bilhões de toneladas de CO2 até 2020


Pequim, China — Novo estudo, baseado no relatório [R]evolução Energética, revela que energia dos ventos pode produzir até 30% da demanda mundial.


A energia eólica pode produzir 12% da demanda energética mundial e evitar a emissão de 10 billhões de toneladas de CO2 em 12 anos, de acordo com o relatório Panorama de Energia Eólica Global 2008 (Global Wind Energy Outlook 2008), elaborado em parceria pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) e Greenpeace. O estudo traça cenários para o potencial de energia eólica até 2050 e explica como a energia pode suprir até 30% da eletricidade mundial até lá, evitando a emissão de 1,5 bilhão de toneladas de CO2 por ano.

"Temos apenas alguns anos para conseguir reduzir as emissões globais de CO2 e a energia eólica tem um papel chave neste processo. Nenhuma outra tecnologia chega perto desse objetivo, considerando a capacidade de geração, as baixas emissões e a rapidez de implantação”, disse o Secretário Geral do GWEC, Steve Sawyer.

O relatório é baseado no novo cenário [R]evolução Energética (leia aqui o sumário executivo em português), que indica uma alta participação eólica, entre hoje e 2050, na matriz elétrica mundial. Esta evolução depende da adoção de acordos climáticos concretos e da criação de regulação adequada para as novas energias renováveis.

O estudo Panorama de Energia Eólica Global 2008 foi lançado na Conferência Global de Energia Eólica em Pequim. A China é dona do mercado de energia eólica que mais cresce hoje no mundo e deve se tornar o maior fabricante de equipamentos até o fim de 2009.

Também em Pequim, foi lançado na segunda-feira (27/10) o relatório O Verdadeiro Custo do Carvão (arquivo em pdf, texto em inglês), encomendado pelo Greenpeace, WWF e Energy Foundation. Ele calcula os custos externos do carvão e reivindica que um preço mais justo seja adotado para o combustível.

A incorporação de custos de impactos como a poluição do ar e da água, a degradação de ecossistemas e impactos na saúde humana resultaria no aumento de 23% no preço do combustível. Esse número, segundo o relatório, em vez de impactar o crescimento econômico chinês, reduziria gastos sociais.

"As térmelétricas a carvão e a combustíveis fósseis em geral perdem para a energia eólica não apenas no aspecto ambiental, mas também em termos econômicos e sociais. São muito mais caras do que os parques eólicos por conta do preço do combustível utilizado e tem um potencial de geração de empregos muito menor. O setor eólico já emprega mais de 350 mil pessoas no mundo hoje e deve empregar 2 milhões de pessoas em 2020" compara Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil.

Fonte: GreenPeace

sábado, 18 de outubro de 2008

Cangurus ameaçados por mudanças climáticas

Uma pesquisa feita na Austrália diz que o aumento na temperatura média em apenas dois graus poderá ter um efeito devastador para a população de cangurus, ícones da fauna do país.
Os pesquisadores da James Cook University se debruçaram por três anos em observações de campo e usaram modelos de cálculos em computadores, considerando as alterações de temperatura prováveis neste século, para prever o que acontecerá com quatro espécies de cangurus.
"Nosso estudo oferece evidências de que as alterações climáticas têm a capacidade de causar impactos de grande escala, bem como a possível extinção de uma espécie da família dos macropodidae (marsupiais, que incluem cangurus, wallabies e wallaroos) no norte da Austrália", afirmam os autores do estudo, Euan G. Ritchie e Elizabeth E. Bolitho.
Os maiores impactos do aquecimento global não atingirão os cangurus propriamente, mas seus habitats, colocando em risco a disponibilidade de água.

Habitat
De acordo com o estudo, um aumento de apenas 0,5º Celsius já será suficiente para diminuir a área onde vivem os cangurus. Se a temperatura média subir 2ºC poderá reduzir os campos em quase pela metade, 48%.
Em uma situação ainda mais dramática, um aumento de 6ºC será capaz de encolher as áreas em 96%. "Isso poderá resultar na fome e inibir a reprodução do animal, além de provocar a morte devido à desidratação das espécies que se movimentam menos entre os habitats", diz Ritchie.
Apesar dos cangurus terem mobilidade para deixar áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas, a vegetação da qual se alimentam, não se adapta na mesma velocidade.
O antilopine wallaroo, um tipo de canguru mais adaptado para viver em climas úmidos e tropicais, seria a espécie mais ameaçada de extinção, segundo o estudo.
Os pesquisadores alertam que os cangurus são valiosos tanto para a economia, como para o ecoturismo e o comércio de carne na Austrália, além "de serem uma importante fonte de alimento para os povos aborígenes".
De acordo com modelos climáticos aceitos no meio científico, a temperatura no norte da Austrália deve subir 0,4 a 2ºC até 2030 e, entre 2 e 6ºC até 2070.
O estudo sobre as conseqüências do aquecimento global será publicado na edição de dezembro da revista Physiological and Biochemical Zoology. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Google incentiva o uso de energia limpa

O Google pretende fazer pela energia alternativa o que já fez pela web.
Após conquistar o mercado de busca online, o Google agora está investindo em tecnologias verdes e usando o poder da sua marca para incentivar mudanças políticas.
Na quarta-feira (01/10), o gigante das buscas revelou um plano que libertaria os EUA da necessidade de queimar petróleo ou carvão para gerar energia, em 2030, e reduziria o uso de combustível nos automóveis em 40%. O projeto vai custar trilhões de dólares, mas o Google acredita que, ao final, terá economizado dinheiro.
O CEO da companhia, Eric Schmidt, disse que o custo anual do plano de energia, de qualquer forma, será menor do que os 700 bilhões de dólares que devem ser usados para salvar a indústria financeira do país, e ele vê uma relação entre o desafio energético e a crise de crédito: “Ambos são enormes falhas da estrutura do sistema."
Segundo o executivo, o Google ainda não foi afetado pelo impacto econômico causado pelos problemas do setor financeiro, mas acrescentou que é difícil imaginar o que ainda vai acontecer.
“Existe um problema de mesma escala relacionado à energia”, disse Schmidt a repórteres após um discurso no Commonwealth Club, em São Francisco, “Onde o Google poderá perfurar? Sou um cientista da computação e cientistas da computação adoram problemas de escala.”
Por meio do Google.org, seu braço filantrópico, a empresa está apoiando start-ups, desenvolvendo tecnologias geotérmica, solar e eólica. Neste ano, o Google investiu 45 milhões nessas empresas.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Água - O bem supremo do mundo

No ciclo hidrológico uma molécula de água leva vinte anos para executar esse caminho.Em 20 anos, segundo a FAO (Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) haverá escassez de água no mundo, pois serão 1,8 bilhões de habitantes no planeta. Enfrentaremos problemas com a escassez desse bem.A água é um bem finito, por isso devemos preservá-la e usá-la com consciência e racionalidade, reduzindo o consumo e reusando a mesma quantas vezes forem possíveis.Da pouca água doce que existe em nosso planeta, 70% se usam no setor agrícola, 20 % no setor industrial e 10% no uso doméstico. Então quem causa maior impacto no meio ambiente é o setor agrícola.A solução para o problema da falta de água é o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas que aproveitam as águas da chuva, dos rios e açudes para regar as plantações, além da mudança dos hábitos alimentares.Podemos reutilizar as águas das chuvas e residuais com processos e planejamento nos projetos de engenharia.Resumidamente devemos: captar, filtrar, tratar, reservar e distribuir para consumos direcionados.Devemos dotar ações diversas, intervindo em edificações, de tal forma que suscite a redução do consumo de água, com a divulgação de técnicas de economia e reaproveitamento pelos consumidores, evitando o desperdício. Com a otimização de processos de reuso da água haverá ganhos ambientais e minimização da tendência do aumento de custos das águas tratadas.As águas que podem ser usadas e reusadas são as de chuva e águas residuárias.Aplicando-se técnicas planejadas, já conhecidas, para o reuso agrícola e urbano para fins não potáveis, para fins industriais, no meio ambiente, na recarga dos aqüíferos e no reuso para fins potáveis, adequando processos e investimentos dos setores públicos e privados.Lógico, tudo isso dentro de técnica e normas com exigências mínimas de legislação a partir de várias classes de água. Há resolução no CONAMA, ANVISA, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).Em Curitiba já há lei para o uso racional da água. É a Lei Municipal 10.785/2003.Quem sabe nossos vereadores, com assessoria competente devida, não poderiam aplicar este expediente também aqui em Irati.O consumo da água potável aumentou 10 vezes desde a virada do século. Muitos países enfrentam o problema da falta de água.1/3 da população mundial não tem acesso à água potável.Uma das causas é o aquecimento global principalmente pelo consumo de combus-tíveis fósseis que gera a emissão de CO2.Os países de 1º mundo são os maiores responsáveis devido ao excessivo consumo de oxigênio. Mas a partir do desenvolvimento dos outras nações, como o Brasil, isso também ocorre.O Brasil, ainda, é privilegiado com a existência de seus mananciais de água doce. Por isso é tão cobiçada a nossa Amazônia, que querem internacionalizá-la. Porém, temos que racionalizar o uso e reuso desse bem precioso.O que é o uso racional da água?É pensarmos na fase do planejamento e de projetos de engenharia. É legislarmos sobre o tema. É penalizarmos os abusados, que não cumprem a possível legislação a ser implantada.Como dissemos na matéria anterior: os maiores impactantes dos mananciais de água no planeta são os setores agrícolas, mas dentro da cidade, onde estamos próximos, muito pode-mos fazer para minimi-zarmos essa possível escassez.Com projetos de reuso industrial, reuso agrícola e reuso urbano.Por exemplo, na área urbana, com projetos adequados, podemos aproveitar as águas das chuvas e as águas residuais. Para descarga de vasos sanitários, lavagem de pisos, irrigação de jardins, lavagem de veículos, irrigação de campos esportivos, em reserva de prevenção contra incêndio, em parques aquáticos, em sistemas decorativos (espelho d’água, chafariz, fontes luminosas).Além disso, se houver legislação, como já há em outras localidades, pode-se restringir o uso da água, a qual muito seria preservado.Lavar carros e calçadas mais de uma vez por semana é uma irresponsabilidade. Na verdade não é quem consome que paga o maior preço e sim os habitantes do amanhã.Hoje, ainda nossa água é abundante e barata, mas num futuro próximo não será dessa maneira. Não estamos querendo amedrontar ninguém, mas sim alertar as pessoas para o futuro.No estado de São Paulo, todos que usam águas dos mananciais têm que pagar por esse uso. Desde a Companhia que distribui a água até os agricultores. E isso é muito justo, pois esse é um bem comum que pertence a todos.Técnicas para a reutilização da água existem. Faltam leis e consciência popular para iniciarmos essa importante empreitada de preservação desse valioso tesouro da natureza.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Onde a vaca vai, o desmatamento na Amazônia vai atrás

Manaus (AM), Brasil — Devastação da floresta em agosto foi 3 vezes maior em comparação ao mesmo mês de 2007, segundo dados do Inpe. Pecuária é a principal atividade econômica nos municípios que mais desmataram.

O desmatamento verificado pelo sistema Deter do Inpe no mês de agosto foi alavancado pelos municípios na Amazônia com os maiores rebanhos de gado.

Após a queda registrada no mês de julho, o desmatamento da floresta amazônica voltou a subir em agosto, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo dados do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), 756,7 quilômetros quadrados de floresta foram destruídos no período – índice três vezes maior do que o registrado em agosto de 2007, de 230 quilômetros quadrados.
"Lamentavelmente não é nenhuma novidade. Há meses, o Greenpeace vem alertando para a tendência de aumento do desmatamento na Amazônia, confirmada novamente pelos dados do Inpe divulgados nesta segunda-feira", disse Paulo Adario, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Repetindo a tendência dos últimos quatro meses, o Pará voltou a ser o estado que mais destrói a Amazônia, com 435 quilômetros quadrados de florestas derrubados, seguido por Mato Grosso, com 229 quilômetros quadrados desmatados. O desmatamento do mês de agosto foi alavancado pelos municípios com os maiores rebanhos de gado. Para o Greenpeace, a retomada do desmatamento está ligada à diminuição da presença da fiscalização nos últimos meses na região. Como prova disso, em agosto, o Greenpeace transmitiu, ao vivo, imagens de destruição da floresta para alertar a opinião pública sobre o problema.
Queimadas recentes dentro e no entorno de áreas protegidas na área de influência da BR-163, no Pará, e também no Mato Grosso, foram documentadas pela organização para expor a falta de governança na região, o que incentiva a destruição da maior floresta tropical do planeta. Além disso, o aumento do desmatamento coincide com pressão dos governadores dos estados amazônicos, capitaneados por Blairo Maggi, governador do Mato Grosso, para rever medidas estruturantes de combate ao desmatamento, como o corte de crédito para quem destrói a floresta.
"É preciso mudar a política de incentivos financeiros para atividades predatórias e passar a investir em atividades responsáveis, que considerem a floresta em pé. É possível zerar o desmatamento na Amazônia até 2015, associando desenvolvimento econômico na região com proteção das florestas", diz Adario.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também divulgou nesta segunda-feira uma lista dos 100 maiores desmatadores do país, em que o Incra lidera como o campeão da destruição da floresta. Conheça nosso relatório Assentamentos de Papel, Madeira de Lei - Parceria entre Incra e madeireiros ameaça a Amazônia.

Fonte: Greenpeace

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Os oceanos estão em perigo


O Greenpeace voltou sua atenção para os mares brasileiros, criando uma campanha voltada ao tema.

“Cerca de 80% dos estoques pesqueiros no Brasil estão ameaçados de extinção pela pesca predatória. Precisamos aumentar as áreas marinhas protegidas, que correspondem a apenas 0,4% da nossa costa. Temos que mobilizar toda a sociedade e exigir do governo políticas públicas efetivas. A conservação dos oceanos está diretamente relacionada com o nosso futuro e deve ser feita agora. Não temos tempo a perder.”
O Greenpeace exige mais atenção com nossos mares.Os oceanos precisam de nós, e nós precisamos dos oceanos.


Dez formas de ajudar a salvar os oceanos no dia-a-dia

1. Não deixe lixo nas praias
2. Não jogue bituca de cigarro na areia
3. Pressione o governo para que sejam ativos na preservação dos oceanos
4. Utilize mais o transporte coletivo e bicicleta, você estará diminuindo a emissão de CO2
5. Seja um multiplicador das idéias em defesa dos oceanos.
6. Não coma peixes ameaçados
7. Ajude a recuperar áreas costeiras degradadas
8. Não construa em áreas costeiras ilegalmente
9. Seja um defensor das atividades sustentáveis
10. Entre na onda com o Greenpeace nas ações de preservação dos oceanos.


Entre você também “NESSA ONDA”!!!! – Confira aqui!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Portal Globo Amazônia

Está na rede um novo portal que busca defender nossa Floresta, o Globo Amazônica.
Em menos de 24 horas após o lançamento do site, mais de 1.008.857 protestos já foram feitos, a maioria vem do estado do Pará, com 475.751 manifestações.

O site permite ao internauta, além de deixar protestos contra as queimadas e desmatamento, monitorar em tempo real o que está acontecendo na Floresta. Desse jeito, as denúncias ficam muito mais fáceis. É uma ótima oportunidade para conferirmos, "de perto", o que está acontecendo em nossa floresta... e isso sem precisar sair de casa!
Olhos abertos, a partir de agora, pessoal!

Para conferir o portal, clique aqui!

Ah, e não esqueçam de protestar!!!
Todos unidos por uma Amazônia segura!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Existe uma cidade sem poluição?

Você se preocupa com a redução da emissão de carbono? Então você não está sozinho. Nos dias de hoje, muitas pessoas estão refletindo sobre a quantidade de energia que utilizam e sobre o dióxido de carbono lançado na atmosfera. Mas se você for como muitas pessoas, sua consciência sobre o carbono pode começar e terminar com o interesse em adquirir um veículo híbrido.
Mas não para Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes e a quarta maior fonte de petróleo do mundo. Abu Dhabi é a responsável pela quarta maior emissão de carbono do mundo e, por essa razão, está erguendo a bandeira da administração ambiental.
Os esforços ambientais da cidade resultaram em grandes planos de se construir uma cidade vizinha que não produzirão resíduos e que será inteiramente livre da emissão de carbono: Masdar City. Ironicamente, o governo de Abu Dhabi planeja construir Masdar City essencialmente com o dinheiro que recebeu abastecendo as emissões de carbono de todo o mundo. Para atingir o objetivo de zero carbono e zero resíduo, o governo planeja utilizar tecnologia de ponta de planejamento sustentável, que se esforça para reduzir o máximo possível o impacto ambiental.
Como parte da Iniciativa Masdar (masdar significa "a fonte" em árabe), um esforço de expandir a pesquisa e a implementação da construção sustentável, o governo de Abu Dhabi construirá essa cidade em um local vizinho com terreno de 6 km2, adjacente ao aeroporto internacional e com custos estimados em US$ 22 bilhões. O governo de Abu Dhabi lançou esse plano em janeiro de 2008, projetando que a cidade seria capaz de sustentar 50 mil moradores e mais de 1.000 empresas. Menos de um mês depois, ele começou a construção da cidade e espera concluir o projeto até 2016.
Mas manter a cidade sustentável será um grande desafio para os arquitetos britânicos Foster + Partners, já que o clima da área designada não é exatamente ameno. As temperaturas podem chegar a 50 graus Celsius, e as estruturas terão de ser refrescadas sem a utilização da energia de combustível fóssil. E que tipo de transporte será colocado em uso para que as pessoas possam se movimentar sem os carros? Leia a próxima página para saber mais sobre o grande plano.

Como funcionará Masdar City

Embora o clima no local da futura cidade seja quente, ele também é ensolarado, o que os arquitetos vêem como a maior fonte de energia para a cidade. Eles planejam construir uma usina de energia solar. A cidade não terá arranha-céus e estruturas fotovoltaicas nas coberturas das construções serão responsáveis pela coleta de luz solar para geração de energia. Uma usina de dessalinização fornecerá água fresca para a cidade e também utilizará a energia solar. A cidade também será beneficiada com a energia gerada por uma usina de energia de hidrogênio de US$ 2 bilhões. O hidrogênio, fonte limpa de energia, emite muito menos dióxido de carbono do que a maioria dos processos com combustíveis fósseis utilizados hoje.
Para manter a necessidade de energia em baixa e a cidade refrescada, os projetistas planejam orientar a cidade e suas estruturas de maneira a tirar total vantagem da brisa natural do mar. Um muro que cerca a cidade e torres eólicas nas construções contribuirá para proteger a população do clima árido do deserto. Além disso, construções mais altas farão sombra às ruas estreitas da cidade. Se as estruturas da cidade utilizar tecnologias sustentáveis e a demanda de energia forem reduzidas em 70% devido a essas tecnologias, então será mais fácil para a cidade sobreviver com os recursos de energia alternativos. Espera-se uma economia de cerca de US$ 2 bilhões em petróleo em 25 anos.
Os esforços sobre a conservação de água na cidade envolvem os planos de reciclagem de pelo menos 80% da água utilizada. A água cinzenta reciclada, assim como a água das pias e dos chuveiros e a água residual tratada, irrigarão o terreno. Por meio desses processos, os planejadores da cidade esperam reduzir o consumo de água em 60%.
Mas o que fazer com os resíduos produzidos por uma comunidade de 50 mil pessoas? A resposta está na compostagem e na reciclagem de plástico, papel, alumínio e outros materiais. Para evitar que os resíduos acabem indos para um aterro sanitário, grande parte deles seguirá para uma pilha de compostagem, onde as bactérias irão decompor o material. Caso contrário, a reciclagem será uma prioridade alta para a cidade.
Como não haverá carros em Masdar City, isso irá contribuir para que não haja emissão do dióxido de carbono no local. Supostamente, as pessoas que viverão e trabalharão em Masdar City não estarão a mais de 200 metros de um transporte. Um trem elétrico com trilhos elevados garantirá o transporte fácil entre Masdar City e Abu Dhabi. Para se movimentar pela cidade, as pessoas poderão utilizar os compartimentos de trânsito pessoal rápido. Esses veículos funcionarão sobre trilhos magnéticos que utilizarão energia elétrica.
Se você ficou ansioso para ver como será essa cidade, lembre-se de que ela não estará concluída antes de 2016. Todavia, os construtores esperam finalizar a primeira das sete fases do projeto, o Masdar Institute of Science and Technology, até 2009.


Fonte : http://ambiente.hsw.uol.com.br/

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Especial: Reciclagem

Hoje o "Especial" será diferente dos que já foram postados até agora.
Ao invés de falarmos sobre algum problema ambiental, falaremos sobre uma solução: a reciclagem!
Um dos modos mais fáceis e práticos para revertermos a má situação da Natureza!


Introdução

A reciclagem tem um conceito bastante simples: pegue alguma coisa que não tem mais utilidade e transforme-a em alguma coisa nova em vez de simplesmente jogá-la fora. Pode ser qualquer coisa, desde a reciclagem de papel velho em papel novo até a transformação de uma antiga calota em uma banheira de passarinhos decorativa. Na realidade, a reciclagem pode se tornar bastante complexa: como ela interage com nosso ambiente, nossa política, nossa economia e até mesmo com nossos próprios padrões de comportamento humano, exerce um papel importante no futuro de nosso planeta. Neste artigo, veremos o que é reciclagem, por que e como ela funciona e algumas críticas a essa prática.

O que é reciclagem?

A reciclagem pode assumir várias formas. Em uma escala menor, sempre que você encontra um novo uso para alguma coisa velha, você está reciclando.

A reciclagem se torna mais importante em escalas maiores. Nesse nível, bens de consumo usados são coletados, convertidos de volta em matéria-prima e refeitos em novos produtos de consumo. Latas de alumínio, papel de escritório, aço de prédios velhos e recipientes de plástico são todos exemplos de materiais comumente reciclados em grandes quantidades, geralmente por meio de programas municipais que encorajam as coletas domésticas em grande escala.

É raro um produto reciclado ser exatamente do mesmo material original a partir do qual ele foi reciclado. Papel reciclado, por exemplo, contém resíduos de tinta e fibras mais curtas que papel virgem (papel feito de polpa de madeira). Por causa disso, ele pode ser menos desejável para alguns propósitos, como papel para copiadoras. Quando um bem reciclado é mais barato ou mais frágil que o produto original, é conhecido como ciclo inferior (ou reciclagem descendente). Eventualmente, os produtos caem tanto no fluxo de reciclagem que se torna inviável reciclá-los novamente. Após ser reciclado algumas vezes, o papel não é mais utilizável. Em alguns casos, os produtos podem passar por um ciclo superior, transformados em alguma coisa mais valiosa que o produto original. Um exemplo é uma empresa que faz reciclagem ascendente, transformando jornais velhos e latas de alumínio em móveis artísticos.


Benefícios da reciclagem


A maioria das razões pelas quais reciclamos é ambiental, ainda que algumas sejam econômicas.

Lixo em excesso

Uma das principais razões para a reciclagem é reduzir a quantidade de lixo enviada para os aterros. O uso de aterros atingiu seu ápice na década de 80, quando os americanos mandaram quase 150 milhões de toneladas de lixo para aterros por ano. Atualmente, ainda são lançados mais de 100 milhões de toneladas de lixo em aterros anualmente [fonte: Hall]. Apesar de os aterros sanitários modernos serem mais seguros e menos incômodos do que os depósitos abertos do passado, ninguém gosta de ter um deles por perto. Nas áreas densamente povoadas, o espaço para aterros é escasso. Onde há muito espaço, enchê-lo com lixo não é uma solução muito boa para o problema.

Em 2006, os esforços de reciclagem nos Estados Unidos desviavam 32% do lixo dos aterros. Isso evita que mais de 60 milhões de toneladas de lixo acabem em aterros anualmente

Poluição do chorume do aterro

Os aterros causam um outro problema, além de ocupar muito espaço. A diversidade das químicas lançadas nos aterros e as químicas resultantes da decomposição do lixo se misturam em um caldo tóxico conhecido como chorume, que cria enormes quantidades de poluição. O chorume pode vazar do aterro e contaminar lençóis freáticos. Atualmente, tampas de argila impermeáveis e coberturas plásticas evitam que grande parte do chorume vaze, tornando os aterros muito mais seguros do que eram algumas décadas atrás. Qualquer chorume, porém, é muito se ele estiver penetrando em sua vizinhança.

Bens novos consomem recursos

Fabricar um produto novinho em folha sem qualquer material reciclado causa o esgotamento de recursos naturais no processo de manufatura. O papel usa a polpa de madeira das árvores, ao passo que a fabricação de plástico requer o uso de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural. Fazer alguma coisa com materiais reciclados significa usar menos recursos naturais.

A reciclagem (às vezes) usa menos energia

Há muito espaço para debate sobre esse aspecto da reciclagem, mas muitos processos de reciclagem requerem menos energia do que os fabricantes precisariam para fazer o mesmo item novinho em folha. A fabricação de plástico é muito barata, e alguns bens de plástico podem ser difíceis de reciclar eficientemente. Nesses casos, o processo de reciclagem provavelmente consome mais energia. Também pode ser difícil calcular todos os custos de energia ao longo da cadeia de produção inteira. A reciclagem de aço certamente usa menos energia que o processo inteiro de mineração do minério de ferro, refinamento e forja de aço novo. Alguns alegam que a frota de caminhões de reciclagem que coleta plástico e papel de porta em porta semanalmente nas cidades abala o equilíbrio da energia contra a reciclagem. O uso da energia é um fator que deve ser considerado caso a caso.

Dinheiro

A reciclagem tem uma série de impactos econômicos. Para as empresas que compram bens usados, os reciclam e revendem como produtos novos, a reciclagem é a fonte de toda sua receita. Para cidades em áreas densamente povoadas que devem pagar por tonelagem para usar seus aterros, a reciclagem pode cortar milhões de dólares dos orçamentos municipais. A indústria da reciclagem pode ter um impacto ainda mais amplo. Análises econômicas mostram que a reciclagem pode ser três vezes rentável por tonelada do que aterros, bem como gerar quase seis vezes o número de empregos.

No Brasil, um dos protagonistas da cadeia de reciclagem são as cooperativas de catadores. Elas tem sido responsáveis pela melhoria das estatísticas de reciclagem, além de serem verdadeiros mecanismos de inclusão social (são uma alternativa efetiva de trabalho para boa parte da população carente do País).


Diretrizes da reciclagem


O uso do papel nas nações industrializadas continua a crescer e, em alguns casos, é responsável por quase 20% de todo o lixo doméstico. Ainda que as árvores usadas para fazer papel novo sejam um recurso renovável, florestas antigas são freqüentemente derrubadas para dar espaço a árvores com polpa, rapidamente plantadas e colhidas para fazer papel. O papel reciclado resulta em uma economia líquida significante em termos de água e energia usadas, assim como os poluentes emitidos no ambiente.

Trinta e três por cento do papel que circulou no Brasil em 2004 retornou à produção através da reciclagem. Esse índice corresponde à aproximadamente 2 milhões de toneladas. Em 2004, 79% do volume total de papel ondulado consumido no Brasil foi reciclado.
Desde coletas de rua e de locais específicos, o papel é classificado com base no tipo de papel, no peso, no uso, sua cor e se ele foi previamente reciclado. Depois, um banho quente de água e químicas reduz o papel a uma substância fibrosa e pastosa. Depois, ímãs, gravidade e filtros removem coisas como grampos, colas (em inglês) e outras químicas indesejáveis da polpa. A tinta é removida tanto por lavagem química quanto soprando-a para a superfície onde ela é filtrada. A polpa (que pode ser clareada) é então borrifada e enrolada em folhas planas que são pressionadas e secas. Às vezes, polpa nova é acrescida à polpa reciclada para fortalecer o papel. As folhas de papel gigantes, quando secas, são cortadas no tamanho adequado para serem vendidas novamente aos consumidores.
Vidro
Reciclar vidro representa economia de energia e custo significante em relação à fabricação de vidro virgem porque virtualmente não há perdas quando o vidro é reciclado. Existem duas maneiras de reciclar o vidro. Algumas empresas coletam garrafas de seus clientes e as limpam e desinfetam completamente antes de reutilizá-las. Outros recicladores de vidro classificam o vidro por cor (claro, verde e marrom não devem ser misturados porque dão um efeito manchado ao vidro). O vidro é assentado em pequenos punhados finos conhecidos como cullet, completamente peneirados e filtrados por meio do uso de lasers, ímãs e peneiras, e depois derretido e convertido em vidro novo.

No Brasil, 46% das embalagens de vidro são recicladas, representando um total de 390 mil toneladas por ano. Desse total, 40% são oriundos da indústria de envaze, 40% do mercado difuso, 10% do "canal frio" (bares, restaurantes, etc) e 10% do refugo da indústria. A reciclagem desse material não é maior devido ao seu peso, o que encarece o custo do transporte da sucata.

Somente o vidro usado em recipientes como jarros e garrafas é comumente reciclado. Vidro de janelas e vidro usado em lâmpadas são muito caros e difíceis de reciclar.

Aço

A reciclagem de aço de automóveis e edifícios antigos tem uma longa história. O aço é relativamente fácil de reciclar: máquinas gigantes trituram carros velhos e resíduos de construção. A lei norte-americana, por exemplo, requer que uma determinada proporção de todo aço produzido seja aço reciclado: todo o aço dos Estados Unidos contém, pelo menos, 25% de aço reciclado.

Depois de classificada, a sucata de aço é derretida e refinada novamente em enormes folhas ou bobinas. Essas folhas ou bobinas podem ser enviadas para fabricantes para a produção de carrocerias de carro ou materiais de construção.

Se considerarmos os índices de reciclagem de carros velhos, eletrodomésticos, resíduos de construção civil, ou seja, todos os segmentos do aço e somarmos aos índices das embalagens deste material, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido anualmente.

Inovação da reciclagem: o aço do World Trade Center

Muitos dos escombros de aço dos ataques terroristas no World Trade Center foram enviados para a China (um mercado faminto por sucata de metal), ao passo que algumas peças foram recicladas nos Estados Unidos de formas simbólicas. Várias toneladas do aço do Trade Center foram recicladas e usadas para a construção do casco do navio de assalto anfíbio da Marinha americana, o USS New York [fonte: Snopes.com - em inglês].

Pequenos pedaços de aço do World Trade Center foram impressos com bandeiras americanas e usados na construção dos veículos Spirit e Opportunity da Nasa em Marte [fonte: NY Times].


Centros de reciclagem


Os programas de reciclagem no mundo assumem cinco formas principais.

Recolhimento nas calçadas
Caminhões especiais com contêineres separados para diferentes tipos de materiais recicláveis andam pelas ruas da cidade exatamente como os caminhões de lixo. Os trabalhadores fazem uma classificação prévia dos materiais à medida que os arremessam dentro do caminhão. Algumas comunidades exigem que os moradores classifiquem e separem os materiais recicláveis, mas isso pode reduzir o índice de participação.


Centros de descarte


Um local central é estabelecido para aceitar materiais recicláveis que os próprios moradores transportam. Mesmo comunidades com sistemas de recolhimento nas calçadas ainda podem ter centros de descarte para a recuperação de materiais perigosos como tinta ou gás propano.


Buy-back centers


Esses centros são similares aos centros de descarte exceto que eles pagam aos moradores por seus itens com base em valores de mercado. Esses centros são mais comumente vistos como parte de um negócio varejista, como um ferro-velho que compra metal amassado por peso.

Cooperativas de catadores

As cooperativas de reciclagem são organizações compostas por catadores de materiais, em geral, a população pobre da comunidade. Além de coletar materiais descartados em vias públicas, elas comumente firmam convênios com indústrias e condomínios, bem como recebem materiais entregues voluntariamente pela população.

Programas de depósito/refinanciamento

Esses programas são familiares a qualquer um que já tenha comprado uma bebida em lata ou garrafa. O depósito (geralmente cinco centavos) é acrescido ao preço de venda. Você pode então devolver a garrafa ou lata vazios para um centro de coleta e resgatá-los por um reembolso do depósito.

Muitas comunidades lutam para compensar seus programas de reciclagem, nos quais os benefícios de custo dependem da ampliação da participação, o que é difícil de conseguir em grandes áreas urbanas. Se uma municipalidade se compromete com um programa de reciclagem, geralmente torna-se ilegal jogar fora materiais recicláveis. As pessoas, porém, raramente são processadas ou multadas por essa ofensa.

O Brasil é considerado referência para o mundo por meio de seu modelo de reaproveitamento de materiais que nasceu naturalmente do valor econômico destes, gerando simultaneamente ganhos sociais e ambientais, atendendo assim ao estudo internacional compilado no Relatório Nosso Futuro Comum (Eco 92), que evidencia os fatores econômicos, sociais e ambientais como indissoluvelmente ligados.

Assim, tendo em vista a disponibilidade de matéria-prima, o potencial de geração de valor, trabalho e renda nela contida, cujo aproveitamento depende hoje apenas de iniciativas pontuais, a Associação Brasileira de Embalagem - ABRE propõe a criação do Programa Brasileiro da Reciclagem. O objetivo do Programa será articular os agentes responsáveis e identificar os entraves e as oportunidades, propondo diretrizes e ações gerais visando maximizar a reciclagem no Brasil. O Programa Brasileiro de Reciclagem tem por objetivo estimular a reciclagem de embalagens e criar mecanismos para que ela se torne mais abrangente e efetiva, aumentando os elevados índices já computados no Brasil.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Greenpeace quer eliminar tóxicos dos eletrônicos

O Greenpeace pediu às empresas de eletrônicos, nesta terça-feira (05/08), que não usem mais elementos químicos nocivos à saúde em seus produtos, argumentando que o lixo tóxico de países ricos é jogado fora em países pobres.

A organização não governamental (ONG) de defesa do meio ambiente fez o apelo em um novo relatório sobre o comércio de lixo eletrônico, que, segundo ela, foi expandido da Ásia para a África - especialmente em Gana, onde TVs e computadores descartados, que contêm materiais tóxicos, estão sendo desmontados por crianças de cinco anos de idade.

“A menos que as empresas eliminem os tóxicos dos seus produtos e se responsabilizem por todo o ciclo de vida dos aparelhos, esse depósitos de veneno continuarão existindo”, disse Martin Hojsik, membro do Greenpeace.

Grande parte dos computadores e televisores que acabam em Gana vêm da União Européia, apesar de existirem leis que proíbem a exportação de produtos com material tóxico. O relatório cita principalmente equipamentos oriundos da Alemanha, Holanda e Suíça.

Os materiais são exportados como “bens de segunda mão”, que supostamente serão reutilizados. Mas de acordo com um oficial da União Européia, a maioria desses bens importados são desmantelados e não podem ser reaproveitados.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Minas Gerais adere ao programa Estado Amigo da Amazônia


Diretor-executivo do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado, e o governador Aécio Neves, assinam termo de adesão de Minas Gerais ao programa Estado Amigo da Amazônia


Belo Horizonte (MG), Brasil — Estado assume luta contra o desmatamento e assina termo de compromisso com o Greenpeace para banir madeira ilegal.

O estado de Minas Gerais deu, nesta quarta-feira, um passo importante no combate ao desmatamento e à histórica falta de governança na Amazônia. O governador Aécio Neves (PSDB-MG) assinou decreto que cria procedimentos para a compra responsável de madeira pela máquina pública de seu Estado, aderindo ao programa Estado Amigo da Amazônia, do Greenpeace.

"O Brasil deve assumir metas, seja em relação ao desmatamento ou emissão de carbono. Compromisso se faz com metas, indicadores e controle da sociedade, que tem que cobrar do governo. E essas metas têm que ser verificáveis e demonstráveis", afirmou o governador Aécio Neves.

"Existem alguns temas hoje no mundo que são as grandes preocupações do futuro e o meio ambiente é tema central. Dele dependem todos os outros", afirmou.

O programa prevê a criação de leis locais que eliminem madeira ilegal e de desmatamento de todas as compras públicas, além do estabelecimento de ações efetivas de controle e fiscalização do fluxo e da comercialização de madeira nativa da Amazônia e Mata Atlântica no território mineiro. Com isso, o programa não apenas promove um controle maior da madeira que entra no seu estado, como também garante ao consumidor final a origem legal desse produto, criando condições de mercado para a madeira produzida de forma responsável e sustentável, como a certificada pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal).

Ao aderir ao nosso programa, o estado de Minas soma esforços com São Paulo e Bahia na luta para combater o desmatamento na Amazônia e encorajar o setor madeireiro a cumprir com as boas práticas de manejo florestal.

"O fim do desmatamento é uma prioridade para o Brasil e Minas Gerais pode e deve dar sua colaboração para atingir esta meta, garantindo um desenvolvimento sustentável para o país", disse Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil.

A exploração ilegal de madeira abre caminhos para que outros atores que atuam na clandestinidade, como fazendeiros e grileiros, tenham acesso a áreas intactas de florestas. Estima-se que até 80% da extração madeireira na Amazônia seja ilegal. Cerca de 60% do total produzido ao ano são consumidos pelo mercado brasileiro.

"Estados, municípios e os próprios órgãos do governo federal consomem grandes quantidades de madeira na construção de obras públicas. A decisão de agir – ou não – por parte de governos define se o poder público será co-responsável pela destruição da floresta ou se será parte desta rede de amigos da Amazônia", disse Adriana Imparato, coordenadora do programa do Greenpeace.

O evento desta quarta-feira contou com a participação do Secretário Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos de Carvalho, além de diversas organizações ambientalistas locais, historicamente comprometidas com a defesa da Mata Atlântica.

Além dos estados, o Greenpeace também desenvolve o programa Cidade Amiga da Amazônia, voltado aos municípios brasileiros. Atualmente, o programa conta com a participação de 37 cidades, localizadas nos principais mercados consumidores de madeira do país, entre elas capitais como: São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Manaus.

Fonte: GreenPeace

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Turnê de Madonna vai jogar 1635 toneladas de CO2 na atmosfera

Madonna pode até apoiar causas ambientais, como fez ao se apresentar no Live Earth, ano passado. Mas os shows de sua turnê "Sticky & Sweet", que começam hoje no País de Gales, não são os melhores exemplos de eventos ecologicamente corretos.

Segundo o jornal britânico "Daily Mail", a nova turnê de Madonna, que terá 45 shows, dois deles no Brasil, deve jogar 1635 toneladas de carbono na atmosfera - o equivalente ao que 160 britânicos emitem em um ano.

Só nos vôos entre Estados Unidos e Europa, a cantora deve emitir 95 toneladas de carbono, gás considerado o principal responsável pelo aquecimento global.

O transporte da numerosa equipe da cantora – composta por 250 pessoas - deve poluir a atmosfera com 1060 toneladas do gás.

"É uma quantidade imensa de emissões de carbono, mesmo para uma celebridade tão famosa", disse John Buckley, especialista do site Carbonfootprint.com consultado pelo jornal.

Mas isso não é nada: o deslocamento do público para os shows da cantora deve gerar emissões ainda maiores de CO2.

Será que a diva vai plantar alguma árvore para compensar o estrago?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

LIXO x RECICLAGEM

DEFINIÇÃO

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.

Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?

Ué, mas se serve pra outras pessoas então não é lixo!

É isso aí, tá na hora de revermos o significado dessa palavra!

Que tal “tudo aquilo que foi descartado e que, após determinado processo, pode ser útil e aproveitado pelo homem”?

Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados, passarão a ser chamados de MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS; já aqueles materiais que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem passarão a se chamar MATERIAIS RECICLÁVEIS!!!

Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo PET é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa PET em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem .

QUE PROBLEMÃO, HEIN!

A situação econômica do Brasil melhorou de 10 anos para cá, resultando em aumento da demanda/procura tanto de bens de consumo (alimentos, bebidas, combustíveis etc) quanto de bens duráveis (eletrodomésticos, carros, móveis etc). A produção teve que acompanhar este crescimento e para isso foi preciso aumentar a extração de matéria-prima e o consumo de energia.

Mas o que o lixo tem a ver com isso?

Com a possibilidade de comprar mais, muitas vezes adquirimos produtos desnecessários ou nos desfazemos com mais facilidade do que já temos. Essa cultura do desperdício infelizmente ainda é bastante presente em nosso povo. Segundo o último censo do IBGE a quantidade diária de lixo urbano coletado no Brasil é de 228.413 toneladas, o que representa 1,25 Kg diários por cada um dos cerca de 182.420.808 habitantes.

Todo o processo de geração, coleta, processamento e armazenamento do lixo resulta em problemas sociais, ambientais e econômicos. Como quase todas as atividades humanas geram resíduos, em quase todos os lugares há a possibilidade do lixo estar causando problemas. Mesmo quando o lixo é tratado adequadamente alguns problemas persistem, mas no Brasil 59% do lixo produzido são lançados a céu aberto (IBGE, 2000).

E AGORA? COMO RESOLVER?

Já vimos o que é o lixo e discutimos a sua redefinição. Também apontamos todos os problemas da produção e acúmulo de lixo. Resta saber o que pode ser feito para evitar os problemas ou, pelo menos, diminuí-los.

Ao invés de fórmulas complexas ou soluções mágicas ou ainda passar a responsabilidade para o governo, a solução para esta questão passa pelo cotidiano de cada um de nós.

Todos nós geramos lixo diretamente em nossas atividades diárias e indiretamente por conta de todas as nossas necessidades (alimentos, moradia, roupas, tratamento médico, lazer etc.), portanto somos todos responsáveis por este problemão.

A educação é a melhor e mais confiável saída para esta encrenca e, por incrível que pareça, há uma filosofia muito simples que é considerada a solução mais completa.

CONHEÇA AGORA OS 3 RS:

Reduzir:

Se o lixo é um problema o melhor resíduo que existe é o que não foi gerado. Pena que é impossível viver sem produzir restos, mas é possível diminuir a quantidade produzida.

Ao repensar a relação que temos com as nossas sobras podemos identificar situações em que uma outra conduta fará enorme diferença no volume de lixo gerado.

Quando fizer compras num supermercado o consumidor pode escolher produtos que venham com menos embalagens ou com embalagens mais resistentes e reutilizáveis. Pode ainda levar os produtos para casa em uma bolsa de compras própria, evitando o uso de muitas sacolas plásticas.

No momento da escolha de bens duráveis (fogão, móveis, eletrodomésticos) podemos optar por modelos de melhor qualidade, com garantia, que durem mais reduzindo a necessidade de comprá-las de novo em breve.

De carona na redução do lixo vêm os cuidados com as reduções no consumo de água, energia e combustíveis. Estes cuidados nem sempre estão ligados à questão dos resíduos, mas combinam com a responsabilidade ambiental de todos nós, dependentes da matéria-prima, água, energia e combustíveis.

O uso racional dos recursos e da nossa lixeira é o mais poderoso protetor do ambiente e da nossa qualidade de vida. Portanto, reduzir é ótimo para a vida do planeta!

Também não podemos ignorar o desperdício de alimentos. Antes mesmo de se tornar lixo os alimentos desperdiçados já são um problema e uma vergonha nacional. O combate à miséria brasileira é batalha de longa data e sempre se soube que o desperdício no Brasil é imenso, provavelmente capaz de reduzir muito a fome em nosso país. Fruto de falhas no sistema de produção (lá no campo), distribuição e utilização dos produtos agrícolas (em qualquer cozinha), o desperdício de alimentos é o cartão de visitas de uma sociedade ainda longe de saber o valor do que possui, e que por isso desperdiça tanto.

Reaproveitar:

É dar novo uso a um material que já foi usado.

Boa parte dos nossos resíduos pode ser reaproveitada de várias maneiras. Assim como na REDUÇÃO basta refletir sobre os materiais que manuseamos no nosso dia-a-dia. Aí surge o uso dos dois lados do papel, a utilização de potes diversos para guardar sobras de alimentos na geladeira, latas que viram porta-lápis e etc. A imaginação não tem limite!

Dentro do REAPROVEITAR também podemos alojar a idéia de trocar objetos com amigos, freqüentar sebos, brechós e a super atividade de recuperar de tudo, que além de evitar a produção excessiva de lixo, serve para exercitar a criatividade e a habilidade manual.

Reciclar:

Reciclar é transformar de modo artesanal ou industrial um produto usado em um novo produto, igual ou diferente do original. Essa transformação deve ser química e/ou física, daí a diferença do reaproveitamento que não altera a matéria de maneira tão profunda .

Os benefícios da reciclagem são muitos: economia de matéria-prima, de energia e de água. Mas as dificuldades não são poucas. Cada material deve ir para uma fábrica diferente, o que demanda um esquema de separação anterior à coleta (que nesse caso tem que ser diferenciada) ou depois da coleta (quando o material sujo perde parte de seu valor de comercialização). Além disso, nem todas as regiões possuem fábricas que façam a reciclagem de todos os materiais e aí nem sempre adianta separar.

É comum que a venda dos materiais não cubra os custos da coleta seletiva e a Prefeitura pode achar que o estímulo à reciclagem não compensa. Por isso é fundamental que o órgão público encare a coleta seletiva de materiais recicláveis não só pela questão econômica, mas como um benefício social e ambiental para toda a sociedade. Se fizer a coleta seletiva integrada a um importantíssimo sistema de gerenciamento de resíduos, todos os benefícios (sociais, ambientais e econômicos) serão muito maiores. Esse sistema é a maneira mais completa de lidar com o lixo municipal, pois além de coleta seletiva e reciclagem, se preocupa e atua com relação ao lixo tóxico, lixo orgânico, aterro sanitário, lixão, impactos da coleta e da disposição, custos, questões de saúde pública e de emprego.

Quando refletimos e agimos sobre a questão do lixo em casa, na escola, no trabalho, na prefeitura e na rua, percebemos o quanto é possível que cada um de nós faça uma diferença enorme diante deste problemão. Ao assumir nossas responsabilidades sobre esta e todas as questões da sociedade, estamos de fato virando cidadãos e construindo uma nação de verdade.

Fonte: Recicloteca

domingo, 17 de agosto de 2008

Especialistas: consumo consciente é "comer menos"

Pesquisas publicadas pelo site Live Science apontam para um aumento crescente nos custos dos alimentos e combustíveis. Este fato, acrescido dos impactos, já reais, do aquecimento global, torna necessário um consumo cada vez mais consciente. Segundo os pesquisadores, um consumo consciente seria a busca por alimentos mais eficientes em termos energéticos acrescido da nova "cura de todos os males": comer menos. Conforme a publicação, o último relatório da Universidade de Illinois prevê um aumento maior nos preços dos produtos alimentícios no próximo ano. Sendo assim, esta "cura para todos os males" sugerida, poderá tornar-se um modo de vida inevitável para as pessoas com orçamentos mais baixos.
Isso teria, naturalmente, o benefício adicional de reduzir medidas e melhorar a saúde, o que proporcionaria poupanças adicionais de redução dos custos com a saúde.
Outro benefício nesse corte no consumo seria a redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa - dizem os pesquisadores - o que contribuiria para reduzir os bilhões de dólares em prejuízos previstos com o aquecimento do mundo.
Cerca de 19% do consumo energético dos Estados Unidos é gasto na produção e fornecimento de alimentos, afirma o cientista David Pimentel da Universidade de Cornell na última edição da publicação Human Ecology. Considerando que o americano médio consome um número estimado de 3.747 calorias por dia - pelo menos 1.200 a mais do que aconselham os especialistas de saúde -, todos os pesquisadores sugerem cortes de consumo.
Produtos de origem animal e os chamados "junk food", em particular, utilizam mais energia e outros recursos para a sua produção do que produtos naturais como batata, arroz, frutas e legumes.
Produzir tudo o que é usado em um único hambúrguer, por exemplo, requer cerca de cinco mil litros de água, de acordo com site da U.S. Geological Survey, fonte oficial do governo dos Estados Unidos.

Alimentos do futuro

Um estudo realizado em 2006 pelos pesquisadores Gidon Eshel e Pamela Martin, da Universidade de Chicago, descobriu que uma dieta vegetariana é a que tem menos gastos em termos de energia, seguido da dieta que inclui aves. Dietas com carne vermelha ou peixe são as que têm custos mais altos.
"Ao reduzir a ingestão de 'junk food' e converter a dieta em outra com menos carne vermelha, poderíamos ter uma enorme redução sobre o consumo de combustível, bem como a melhoria da saúde pública", afirma Pimentel.
O Engenheiro Agrônomo com mestrado em produção animal pela UFRGS Gustavo Javier Wassermann afirma que, apesar da alimentação vegetariana causar menos impacto no meio ambiente, o consumo mundial de proteínas de origem animal é crescente ano a ano. "Em termos de aproveitamento energético, os alimentos de origem vegetal estão no topo da cadeia. Mas pesquisas apontam que o mundo tem preferência por comer proteínas ricas, que são as de origem animal", afirma.
Para o cientista, a maneira de combinar este aumento de consumo de carnes com um menor impacto ambiental, seria mesmo dar preferência ao consumo de aves. Gustavo explica que "as aves de corte têm ciclo curto, ou seja, têm curto período entre o nascimento e o abate, se comparado às outras culturas como a de bovinos. Um frango está pronto para o abate aos 40 dias de vida, já um bovino necessita de dois anos."
Outro fator que deve ser considerado é a chamada conversão alimentar. Segundo o Agrônomo, "a conversão alimentar é a relação entre a quantidade de alimentos que o animal consome e a quantidade que ele produz. Entre os Bovinos, os peixes e as aves, estas últimas produzem mais alimento em relação ao seu consumo, por isso são consideradas mais eficientes me termos energéticos."
Além de todos estes fatores, "a produção de aves de corte é a que necessita de menor quantidade de água, que é um bem em crescente escassez no mundo", completa o cientista.

Consumidor no controle

Os estudos da Universidade de Cornell, conduzidos por David Pimentel, afirmam que o consumidor está na posição mais forte para contribuir para uma redução da utilização de energia.
"Assim que os indivíduos aderem a um estilo de vida ecológico, a concientização da influência que suas escolhas alimentares têm sobre os recursos energéticos, poderia ser um incentivo para que elas comprem produtos saudáveis e evitem aqueles alimentos altamente processados, muito embalados e menos nutritivos", afirma o pesquisador. "Além de conduzir para um meio ambiente mais limpo, isto levará também a uma saúde melhor."

sábado, 16 de agosto de 2008

Solo Perenemente Congelado (permafrost)

Permafrost - Solo escuro que permanece gelado por mais de dois anos em regiões árticas (grandes latitudes) e em regiões montanhosas (grandes altitudes permanentemente geladas) com planícies ou altiplanos de tundra onde se desenvolvem pequenos arbustos, musgos e líquens, muitas vezes ocorrendo camada de solo capeando nível de gelo permanente ou que só degela parcialmente em ciclos maiores de aquecimento climático.
O degêlo parcial de camadas do permafrost desenvolve feições superficiais métricas a decamétricas poligonizadas, onde podem se concentrar frações detríticas contidas no gelo, em um padrão que fica bem marcado na tundra.


INTTRODUÇÃO

No Alaska e na Sibéria onde o derretimento e degelo do solo perenemente congelado (permafrost) estão causando a queda das construções produzindo o fenômeno conhecido como "árvores embriagadas". O mais importante de tudo isso é o impacto que pode ocorrer na Sibéria e em parte do Alaska, onde há uma enorme quantidade de CO2 e Metanos congelados, que aumentará drasticamente a quantidade de poluição ambiental na atmosfera da Terra se forem descongelados.
A quantidade total de CO­2 na atmosfera da Terra a maior parte gerada pela atividade humana é de 730 trilhões de toneladas de CO­­2 , mas se ultrapassarmos o nível de alerta, níveis de CO­2 mundiais aumentaram com o derretimento do solo e permitindo o derretimento dessas áreas na Sibéria e no Alaska podemos liberar o carbono congelado o que, em um curto espaço de tempo dobraria a quantidade de CO­2 na atmosfera terrestres.

Tuntra

A tundra é a vegetação proveniente do material orgânico que aparece no curto período de degelo durante a estação quente das regiões de clima frio, apresentando assim apenas espécies de que se reproduzem rapidamente e que suportam baixas temperaturas. Aparece em regiões como o Norte do Alasca e do Canadá , Groelândia , Noruega , Suécia , Finlândia e Sibéria . A Tundra Ártica surge a sul da região dos gelos polares do Ártico, entre os 60º e os 75º de latitude Norte, e estende-se pela Escandinávia, Sibéria, Alasca, Canadá e Groelândia. Situada próximo do pólo norte, no círculo polar Ártico, recebe pouca luz e pouca chuva, apresentando um clima polar, frio e seco. O solo permanece gelado e coberto de neve durante a maior parte do ano. Apresenta Invernos muito longos, com uma duração do dia muito curta, não excedendo a temperatura os -6ºC (temperatura média entre os -28ºC e os -34ºC). Durante as longas horas de escuridão a neve que vai caindo acumula-se, devido aos fortes ventos, nas regiões mais baixas, obrigando os animais a permanecerem junto ao solo e apenas a procurar comida para se manterem quentes. As quantidades de precipitação são muito pequenas, entre 15 e 25 cm, incluindo a neve derretida. Apesar da precipitação ser pequena, a Tundra apresenta um aspecto húmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo causada pelo permafrost. Só no Verão, com a duração de cerca de 2 meses, em que a duração do dia é cerca de 24 h e a temperatura não excede os 7º-10 ºC, a camada superficial do solo descongela, mas a água não se consegue infiltrar por as camadas inferiores se encontrarem geladas (permafrost, que começa a uma profundidade de alguns centímetros e se prolonga até 1 metro ou mais). Formam-se então charcos e pequenos pântanos. A duração do dia é muito longa e ocorre uma explosão de vida vegetal, o que permite que animais herbívoros sobrevivam - bois almiscarados, lebres árticas, renas e lemingues na Europa e na Ásia e caribus na América do Norte. Estes por sua vez constituem o alimento de outros animais, carnívoros, como os arminhos, raposas árticas e lobos. Existem também algumas aves como a perdiz-das-neves e a coruja-das-neves. A vegetação predominante é composta de líquenes (plantas resultantes da associação de fungos e algas, que crescem muito lentamente e extraordinariamente resistentes à falta de água, que conseguem sobreviver nos ambientes mais hostis), musgos, ervas e arbustos baixos, devido às condições climáticas que impedem que as plantas cresçam em altura. As plantas com raízes longas não se podem desenvolver pois o subsolo permanece gelado, pelo que não há árvores. Por outro lado, como as temperaturas são muito baixas, a matéria orgânica decompõe-se muito lentamente e o crescimento da vegetação é lento. Uma adaptação que as plantas destas regiões desenvolveram é o crescimento em maciços, o que as ajuda a evitar o ar frio. Mas as adaptações das plantas típicas da Tundra não ficam por aqui. Crescem junto ao solo o que as protege dos ventos fortes e as folhas são pequenas, retendo, com maior facilidade, a humidade. Apesar das condições inóspitas, existe uma grande variedade de plantas que vivem na Tundra Ártica. A maioria dos animais, sobretudo aves e mamíferos, apenas utilizam a Tundra no curto Verão, migrando, no Inverno, para regiões mais quentes. Os animais que ali vivem permanentemente, como os ursos polares, bois almiscarados (na América do Norte) e lobos árticos, desenvolveram as suas próprias adaptações para resisitir aos longos e frios meses de Inverno, como um pêlo espesso, camadas de gordura sob a pele e a hibernação. Outro animal muito peculiar da Tundra é o da espécie Paoliello, conhecido também como Pololô. Essas criaturas têm um costume inexplicável de guardar galhos e bananas gigantes, típicas da região, em suas cavidades anais. Não se sabe ao certo se eles fazem isso por necessidade ou por puro prazer, uma vez que casos de homosexualidade são comuns nos machos da espécie. Como forma de proteção contra o frio, os Pololôs apresentam uma grossa camada de gordura e dentes que são capazes de perfurar toda a crosta de gelo, permitindo assim o acesso a musgos e outras fontes de alimento. Por exemplo, os bois almiscarados apresentam duas camadas de pêlo, uma curta e outra longa. Também possuem cascos grandes e duros o que lhe permite quebrar o gelo e beber a água que se encontra por baixo. Os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se completamente ausentes devido às temperaturas serem muito baixas. Lebre Ártica, no Inverno e no Verão. A cor do pêlo ajuda o animal a camuflar-se. Fonte: "Páginas da Natureza, 5º ano". Editorial O Livro Tundra Alpina A Tundra Alpina encontra-se em vários países e situa-se no topo das altas montanhas. É muito fria e ventosa e não tem árvores. Ao contrário da Tundra Ártica, o solo apresenta uma boa drenagem e não apresenta permafrost. Apresenta ervas, arbustos e musgos, tal como a Tundra Ártica. Encontram-se animais como as cabras da montanha, alces, marmotas (pequeno roedor), insectos (gafanhotos, borboletas, escaravelhos).

Por que o gelo ártico está derretendo 50 anos antes do esperado?

Introdução

Em 19 de agosto de 2007, uma pesquisa conjunta da Japan Agency for Marine-Earth Science and Technology (Agência Japonesa para Ciência e Tecnologia do Mar e da Terra) e da Japan Aerospace Exploration Agency (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) revelou que o gelo ártico estava derretendo em um ritmo muito mais rápido do que o estimado. O que é particularmente alarmante sobre essa descoberta é que os modelos cientificos das Nações Unidas estimaram que os níveis de gelo medidos pela equipe japonesa não seriam atingidos antes de 2040, talvez nem mesmo antes de 2050.
Um pesquisador do Colorado Center for Astrodynamics (Centro de Astrodinâmica de Colorado) disse que o gelo ártico está derretendo em um ritmo nunca visto antes [fonte: Science Daily]. O derretimento fez que o gelo costeiro em partes do Canadá (em inglês) e do Alasca (em inglês) se tornasse bastante frágil. Esse gelo se desprende em grandes blocos (um processo conhecido como desprendimento) e derrete no oceano aberto. Também existe menos gelo do mar no Oceano Ártico porque o gelo flutuou para o Oceano Atlântico. O registro anterior mais baixo de gelo do mar Ártico foi feito em 15 de agosto de 2005, embora os cientistas tenham falado que havia uma grande probabilidade de que esse registro fosse ainda menor em 2007.
O Ártico apresentou um outro marco no verão de 2007. Em agosto, a Passagem Noroeste não tinha quase nenhum gelo flutuante. Foi a primeira vez que a Passagem esteve completamente aberta para navegação desde que se começaram a fazer registros em 1972. Os cientistas dizem que a falta de gelo representa uma prova clara de que o planeta está aquecendo. A rota, que agora é de mar aberto, significa que uma pessoa poderia navegar de Nova York à Coréia sem se deparar com nenhum gelo, apesar de ser possível encontrar mau tempo. Em comparação, o primeiro explorador a navegar com sucesso pela Passagem Noroeste, Roald Amundsen, levou três anos para atravessar a espessa camada de gelo da hidrovia.
O gelo do mar é basicamente medido por meio de três métodos: sensores de microondas em satélites na órbita, bóias e plataformas de observação. Os dois últimos geralmente são equipados com vários tipos de instrumentos de medição. Os cientistas concentram as medições na extensão do gelo do mar e não em sua espessura, já que é mais fácil os satélites medirem a extensão. Quando estão examinando gelo do mar, os cientistas observam a extensão mínima e máxima, a espessura, as condições ambientais e as mudanças no período de derretimento. O período de derretimento do gelo do mar Ártico geralmente dura de março até a metade de setembro.
Esse ritmo de derretimento do gelo ártico deixou os cientistas preocupados com o aumento dos níveis do mar, com a diminuição dos hábitats dos ursos polares e de outros animais, e com a corrida por combustíveis fósseis prestes a acontecer na região.
O crescimento do tráfego pela Passagem Noroeste e Nordeste (que passa pela Sibéria) pode aumentar a poluição na área.
O gelo se forma de novo durante o inverno, mas, devido às águas mais quentes, a quantidade de gelo que é recomposto parece estar diminuindo. O gelo, que antes era considerado "permanente", agora está derretendo. Isso deixa uma base de gelo cada vez menor no início de cada período de derretimento.
O gelo do mar tem um importante papel de manter as temperaturas baixas ao redor do mundo. O gelo do mar reflete 80% da luz do sol para a atmosfera, ao passo que a água do oceano absorve 90% dessa luz [fonte: Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo]. Como o gelo derretido expõe mais partes do oceano à luz do sol direta, os cientistas supõem que a temperatura da água vai aumentar, acelerando o derretimento do gelo.
Na próxima seção, vamos dar uma olhada em mais conseqüências do derretimento do gelo ártico, inclusive na corrida para explorar o fundo do mar e nos valiosos depósitos de energia que existem nele.

Conseqüências do derretimento do gelo ártico

A abertura da Passagem Noroeste e o derretimento do gelo ártico permitiram acesso a partes do Oceano Ártico e do fundo do mar que estiveram bloqueadas por séculos. Como conseqüência, vários países estão tentando se apoderar de partes do Ártico abertas na esperança de alcançar algumas das reservas de petróleo e de gás natural enterradas no fundo do mar. Os especialistas calculam que 25% das reservas de combustíveis fósseis que restam no mundo se encontram no fundo do mar Ártico [fonte: Guardian Unlimited]. O comentarista Jeremy Rifkin apontou, com ironia, que a queima de combustíveis fósseis e o subseqüente aumento das temperaturas globais tornaram possível o acesso a essas reservas de petróleo e de gás há tanto tempo bloqueadas [fonte: Houston Chronicle].
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, oferece aos países uma zona econômica com extensão de 320 quilômetros a partir de seus litorais e, por causa das cláusulas desse tratado, alguns países estão reivindicando partes do Ártico. Em agosto de 2007, a Rússia colocou uma bandeira no fundo do mar Ártico afirmando que parte dessa região é uma extensão de sua plataforma continental. O Canadá, a Noruega e a Dinamarca (por meio da Groenlândia) estão fazendo afirmações parecidas. Os Estados Unidos e o Canadá ainda disputam o direito de posse da Passagem Noroeste, ao passo que a Dinamarca e o Canadá reivindicam a posse da ilha Hans.
Alguns comentaristas dizem que uma nova exploração de petróleo que está a caminho irá causar mais danos ao frágil ambiente da região. Apesar da controvérsia, particularmente a Rússia e o Canadá parecem estar em uma busca agressiva por seus direitos sobre a região. A Rússia está expandindo as operações de perfuração em águas ao largo da costa da Sibéria. O Canadá está gastando vários bilhões de dólares para construir um porto marítimo debaixo das águas e colocar novos navios para rondar seu território ártico. O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse que "a postura do Canadá é que queremos nosso lugar na área ártica" [fonte: CanWest News Service].
Os cientistas chamam essa corrida por combustíveis fósseis e o derretimento do permafrost na Sibéria e em outras áreas de "uma bomba prestes a explodir" [fonte: Houston Chronicle]. O vasto permafrost da Sibéria continua a derreter, e agora grandes quantidades de metano, presas debaixo do gelo, podem ser liberadas. O metano é um gás de efeito estufa altamente potente, cerca de 20 vezes mais forte que o dióxido de carbono. Os cientistas temem que a liberação dessa quantidade de metano possa dar início a um tipo de círculo vicioso, em que a liberação aumenta o nível do aquecimento global, que estimula o derretimento do permafrost e resulta na liberação de mais metano [fonte: Houston Chronicle].

Um dos efeitos mais visíveis do derretimento do gelo ártico é o desprendimento de grandes pedaços de gelo de geleiras e de blocos de gelo. Em 2005, a ilha de gelo Ayles, um pedaço de gelo de 77 km2, desprendeu-se do bloco de gelo Ayles do Canadá e começou a se movimentar pelo Ártico. Algumas pessoas temeram que a ilha de gelo colidisse com uma torre de perfuração do Alasca no mar Beaufort, mas, no fim de agosto de 2007, ela ficou presa em um canal no Grande Ártico, a 480 quilômetros de seu local de origem.

Fonte: HowStuffWorks