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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Especial: Reciclagem

Hoje o "Especial" será diferente dos que já foram postados até agora.
Ao invés de falarmos sobre algum problema ambiental, falaremos sobre uma solução: a reciclagem!
Um dos modos mais fáceis e práticos para revertermos a má situação da Natureza!


Introdução

A reciclagem tem um conceito bastante simples: pegue alguma coisa que não tem mais utilidade e transforme-a em alguma coisa nova em vez de simplesmente jogá-la fora. Pode ser qualquer coisa, desde a reciclagem de papel velho em papel novo até a transformação de uma antiga calota em uma banheira de passarinhos decorativa. Na realidade, a reciclagem pode se tornar bastante complexa: como ela interage com nosso ambiente, nossa política, nossa economia e até mesmo com nossos próprios padrões de comportamento humano, exerce um papel importante no futuro de nosso planeta. Neste artigo, veremos o que é reciclagem, por que e como ela funciona e algumas críticas a essa prática.

O que é reciclagem?

A reciclagem pode assumir várias formas. Em uma escala menor, sempre que você encontra um novo uso para alguma coisa velha, você está reciclando.

A reciclagem se torna mais importante em escalas maiores. Nesse nível, bens de consumo usados são coletados, convertidos de volta em matéria-prima e refeitos em novos produtos de consumo. Latas de alumínio, papel de escritório, aço de prédios velhos e recipientes de plástico são todos exemplos de materiais comumente reciclados em grandes quantidades, geralmente por meio de programas municipais que encorajam as coletas domésticas em grande escala.

É raro um produto reciclado ser exatamente do mesmo material original a partir do qual ele foi reciclado. Papel reciclado, por exemplo, contém resíduos de tinta e fibras mais curtas que papel virgem (papel feito de polpa de madeira). Por causa disso, ele pode ser menos desejável para alguns propósitos, como papel para copiadoras. Quando um bem reciclado é mais barato ou mais frágil que o produto original, é conhecido como ciclo inferior (ou reciclagem descendente). Eventualmente, os produtos caem tanto no fluxo de reciclagem que se torna inviável reciclá-los novamente. Após ser reciclado algumas vezes, o papel não é mais utilizável. Em alguns casos, os produtos podem passar por um ciclo superior, transformados em alguma coisa mais valiosa que o produto original. Um exemplo é uma empresa que faz reciclagem ascendente, transformando jornais velhos e latas de alumínio em móveis artísticos.


Benefícios da reciclagem


A maioria das razões pelas quais reciclamos é ambiental, ainda que algumas sejam econômicas.

Lixo em excesso

Uma das principais razões para a reciclagem é reduzir a quantidade de lixo enviada para os aterros. O uso de aterros atingiu seu ápice na década de 80, quando os americanos mandaram quase 150 milhões de toneladas de lixo para aterros por ano. Atualmente, ainda são lançados mais de 100 milhões de toneladas de lixo em aterros anualmente [fonte: Hall]. Apesar de os aterros sanitários modernos serem mais seguros e menos incômodos do que os depósitos abertos do passado, ninguém gosta de ter um deles por perto. Nas áreas densamente povoadas, o espaço para aterros é escasso. Onde há muito espaço, enchê-lo com lixo não é uma solução muito boa para o problema.

Em 2006, os esforços de reciclagem nos Estados Unidos desviavam 32% do lixo dos aterros. Isso evita que mais de 60 milhões de toneladas de lixo acabem em aterros anualmente

Poluição do chorume do aterro

Os aterros causam um outro problema, além de ocupar muito espaço. A diversidade das químicas lançadas nos aterros e as químicas resultantes da decomposição do lixo se misturam em um caldo tóxico conhecido como chorume, que cria enormes quantidades de poluição. O chorume pode vazar do aterro e contaminar lençóis freáticos. Atualmente, tampas de argila impermeáveis e coberturas plásticas evitam que grande parte do chorume vaze, tornando os aterros muito mais seguros do que eram algumas décadas atrás. Qualquer chorume, porém, é muito se ele estiver penetrando em sua vizinhança.

Bens novos consomem recursos

Fabricar um produto novinho em folha sem qualquer material reciclado causa o esgotamento de recursos naturais no processo de manufatura. O papel usa a polpa de madeira das árvores, ao passo que a fabricação de plástico requer o uso de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural. Fazer alguma coisa com materiais reciclados significa usar menos recursos naturais.

A reciclagem (às vezes) usa menos energia

Há muito espaço para debate sobre esse aspecto da reciclagem, mas muitos processos de reciclagem requerem menos energia do que os fabricantes precisariam para fazer o mesmo item novinho em folha. A fabricação de plástico é muito barata, e alguns bens de plástico podem ser difíceis de reciclar eficientemente. Nesses casos, o processo de reciclagem provavelmente consome mais energia. Também pode ser difícil calcular todos os custos de energia ao longo da cadeia de produção inteira. A reciclagem de aço certamente usa menos energia que o processo inteiro de mineração do minério de ferro, refinamento e forja de aço novo. Alguns alegam que a frota de caminhões de reciclagem que coleta plástico e papel de porta em porta semanalmente nas cidades abala o equilíbrio da energia contra a reciclagem. O uso da energia é um fator que deve ser considerado caso a caso.

Dinheiro

A reciclagem tem uma série de impactos econômicos. Para as empresas que compram bens usados, os reciclam e revendem como produtos novos, a reciclagem é a fonte de toda sua receita. Para cidades em áreas densamente povoadas que devem pagar por tonelagem para usar seus aterros, a reciclagem pode cortar milhões de dólares dos orçamentos municipais. A indústria da reciclagem pode ter um impacto ainda mais amplo. Análises econômicas mostram que a reciclagem pode ser três vezes rentável por tonelada do que aterros, bem como gerar quase seis vezes o número de empregos.

No Brasil, um dos protagonistas da cadeia de reciclagem são as cooperativas de catadores. Elas tem sido responsáveis pela melhoria das estatísticas de reciclagem, além de serem verdadeiros mecanismos de inclusão social (são uma alternativa efetiva de trabalho para boa parte da população carente do País).


Diretrizes da reciclagem


O uso do papel nas nações industrializadas continua a crescer e, em alguns casos, é responsável por quase 20% de todo o lixo doméstico. Ainda que as árvores usadas para fazer papel novo sejam um recurso renovável, florestas antigas são freqüentemente derrubadas para dar espaço a árvores com polpa, rapidamente plantadas e colhidas para fazer papel. O papel reciclado resulta em uma economia líquida significante em termos de água e energia usadas, assim como os poluentes emitidos no ambiente.

Trinta e três por cento do papel que circulou no Brasil em 2004 retornou à produção através da reciclagem. Esse índice corresponde à aproximadamente 2 milhões de toneladas. Em 2004, 79% do volume total de papel ondulado consumido no Brasil foi reciclado.
Desde coletas de rua e de locais específicos, o papel é classificado com base no tipo de papel, no peso, no uso, sua cor e se ele foi previamente reciclado. Depois, um banho quente de água e químicas reduz o papel a uma substância fibrosa e pastosa. Depois, ímãs, gravidade e filtros removem coisas como grampos, colas (em inglês) e outras químicas indesejáveis da polpa. A tinta é removida tanto por lavagem química quanto soprando-a para a superfície onde ela é filtrada. A polpa (que pode ser clareada) é então borrifada e enrolada em folhas planas que são pressionadas e secas. Às vezes, polpa nova é acrescida à polpa reciclada para fortalecer o papel. As folhas de papel gigantes, quando secas, são cortadas no tamanho adequado para serem vendidas novamente aos consumidores.
Vidro
Reciclar vidro representa economia de energia e custo significante em relação à fabricação de vidro virgem porque virtualmente não há perdas quando o vidro é reciclado. Existem duas maneiras de reciclar o vidro. Algumas empresas coletam garrafas de seus clientes e as limpam e desinfetam completamente antes de reutilizá-las. Outros recicladores de vidro classificam o vidro por cor (claro, verde e marrom não devem ser misturados porque dão um efeito manchado ao vidro). O vidro é assentado em pequenos punhados finos conhecidos como cullet, completamente peneirados e filtrados por meio do uso de lasers, ímãs e peneiras, e depois derretido e convertido em vidro novo.

No Brasil, 46% das embalagens de vidro são recicladas, representando um total de 390 mil toneladas por ano. Desse total, 40% são oriundos da indústria de envaze, 40% do mercado difuso, 10% do "canal frio" (bares, restaurantes, etc) e 10% do refugo da indústria. A reciclagem desse material não é maior devido ao seu peso, o que encarece o custo do transporte da sucata.

Somente o vidro usado em recipientes como jarros e garrafas é comumente reciclado. Vidro de janelas e vidro usado em lâmpadas são muito caros e difíceis de reciclar.

Aço

A reciclagem de aço de automóveis e edifícios antigos tem uma longa história. O aço é relativamente fácil de reciclar: máquinas gigantes trituram carros velhos e resíduos de construção. A lei norte-americana, por exemplo, requer que uma determinada proporção de todo aço produzido seja aço reciclado: todo o aço dos Estados Unidos contém, pelo menos, 25% de aço reciclado.

Depois de classificada, a sucata de aço é derretida e refinada novamente em enormes folhas ou bobinas. Essas folhas ou bobinas podem ser enviadas para fabricantes para a produção de carrocerias de carro ou materiais de construção.

Se considerarmos os índices de reciclagem de carros velhos, eletrodomésticos, resíduos de construção civil, ou seja, todos os segmentos do aço e somarmos aos índices das embalagens deste material, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido anualmente.

Inovação da reciclagem: o aço do World Trade Center

Muitos dos escombros de aço dos ataques terroristas no World Trade Center foram enviados para a China (um mercado faminto por sucata de metal), ao passo que algumas peças foram recicladas nos Estados Unidos de formas simbólicas. Várias toneladas do aço do Trade Center foram recicladas e usadas para a construção do casco do navio de assalto anfíbio da Marinha americana, o USS New York [fonte: Snopes.com - em inglês].

Pequenos pedaços de aço do World Trade Center foram impressos com bandeiras americanas e usados na construção dos veículos Spirit e Opportunity da Nasa em Marte [fonte: NY Times].


Centros de reciclagem


Os programas de reciclagem no mundo assumem cinco formas principais.

Recolhimento nas calçadas
Caminhões especiais com contêineres separados para diferentes tipos de materiais recicláveis andam pelas ruas da cidade exatamente como os caminhões de lixo. Os trabalhadores fazem uma classificação prévia dos materiais à medida que os arremessam dentro do caminhão. Algumas comunidades exigem que os moradores classifiquem e separem os materiais recicláveis, mas isso pode reduzir o índice de participação.


Centros de descarte


Um local central é estabelecido para aceitar materiais recicláveis que os próprios moradores transportam. Mesmo comunidades com sistemas de recolhimento nas calçadas ainda podem ter centros de descarte para a recuperação de materiais perigosos como tinta ou gás propano.


Buy-back centers


Esses centros são similares aos centros de descarte exceto que eles pagam aos moradores por seus itens com base em valores de mercado. Esses centros são mais comumente vistos como parte de um negócio varejista, como um ferro-velho que compra metal amassado por peso.

Cooperativas de catadores

As cooperativas de reciclagem são organizações compostas por catadores de materiais, em geral, a população pobre da comunidade. Além de coletar materiais descartados em vias públicas, elas comumente firmam convênios com indústrias e condomínios, bem como recebem materiais entregues voluntariamente pela população.

Programas de depósito/refinanciamento

Esses programas são familiares a qualquer um que já tenha comprado uma bebida em lata ou garrafa. O depósito (geralmente cinco centavos) é acrescido ao preço de venda. Você pode então devolver a garrafa ou lata vazios para um centro de coleta e resgatá-los por um reembolso do depósito.

Muitas comunidades lutam para compensar seus programas de reciclagem, nos quais os benefícios de custo dependem da ampliação da participação, o que é difícil de conseguir em grandes áreas urbanas. Se uma municipalidade se compromete com um programa de reciclagem, geralmente torna-se ilegal jogar fora materiais recicláveis. As pessoas, porém, raramente são processadas ou multadas por essa ofensa.

O Brasil é considerado referência para o mundo por meio de seu modelo de reaproveitamento de materiais que nasceu naturalmente do valor econômico destes, gerando simultaneamente ganhos sociais e ambientais, atendendo assim ao estudo internacional compilado no Relatório Nosso Futuro Comum (Eco 92), que evidencia os fatores econômicos, sociais e ambientais como indissoluvelmente ligados.

Assim, tendo em vista a disponibilidade de matéria-prima, o potencial de geração de valor, trabalho e renda nela contida, cujo aproveitamento depende hoje apenas de iniciativas pontuais, a Associação Brasileira de Embalagem - ABRE propõe a criação do Programa Brasileiro da Reciclagem. O objetivo do Programa será articular os agentes responsáveis e identificar os entraves e as oportunidades, propondo diretrizes e ações gerais visando maximizar a reciclagem no Brasil. O Programa Brasileiro de Reciclagem tem por objetivo estimular a reciclagem de embalagens e criar mecanismos para que ela se torne mais abrangente e efetiva, aumentando os elevados índices já computados no Brasil.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Greenpeace quer eliminar tóxicos dos eletrônicos

O Greenpeace pediu às empresas de eletrônicos, nesta terça-feira (05/08), que não usem mais elementos químicos nocivos à saúde em seus produtos, argumentando que o lixo tóxico de países ricos é jogado fora em países pobres.

A organização não governamental (ONG) de defesa do meio ambiente fez o apelo em um novo relatório sobre o comércio de lixo eletrônico, que, segundo ela, foi expandido da Ásia para a África - especialmente em Gana, onde TVs e computadores descartados, que contêm materiais tóxicos, estão sendo desmontados por crianças de cinco anos de idade.

“A menos que as empresas eliminem os tóxicos dos seus produtos e se responsabilizem por todo o ciclo de vida dos aparelhos, esse depósitos de veneno continuarão existindo”, disse Martin Hojsik, membro do Greenpeace.

Grande parte dos computadores e televisores que acabam em Gana vêm da União Européia, apesar de existirem leis que proíbem a exportação de produtos com material tóxico. O relatório cita principalmente equipamentos oriundos da Alemanha, Holanda e Suíça.

Os materiais são exportados como “bens de segunda mão”, que supostamente serão reutilizados. Mas de acordo com um oficial da União Européia, a maioria desses bens importados são desmantelados e não podem ser reaproveitados.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Minas Gerais adere ao programa Estado Amigo da Amazônia


Diretor-executivo do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado, e o governador Aécio Neves, assinam termo de adesão de Minas Gerais ao programa Estado Amigo da Amazônia


Belo Horizonte (MG), Brasil — Estado assume luta contra o desmatamento e assina termo de compromisso com o Greenpeace para banir madeira ilegal.

O estado de Minas Gerais deu, nesta quarta-feira, um passo importante no combate ao desmatamento e à histórica falta de governança na Amazônia. O governador Aécio Neves (PSDB-MG) assinou decreto que cria procedimentos para a compra responsável de madeira pela máquina pública de seu Estado, aderindo ao programa Estado Amigo da Amazônia, do Greenpeace.

"O Brasil deve assumir metas, seja em relação ao desmatamento ou emissão de carbono. Compromisso se faz com metas, indicadores e controle da sociedade, que tem que cobrar do governo. E essas metas têm que ser verificáveis e demonstráveis", afirmou o governador Aécio Neves.

"Existem alguns temas hoje no mundo que são as grandes preocupações do futuro e o meio ambiente é tema central. Dele dependem todos os outros", afirmou.

O programa prevê a criação de leis locais que eliminem madeira ilegal e de desmatamento de todas as compras públicas, além do estabelecimento de ações efetivas de controle e fiscalização do fluxo e da comercialização de madeira nativa da Amazônia e Mata Atlântica no território mineiro. Com isso, o programa não apenas promove um controle maior da madeira que entra no seu estado, como também garante ao consumidor final a origem legal desse produto, criando condições de mercado para a madeira produzida de forma responsável e sustentável, como a certificada pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal).

Ao aderir ao nosso programa, o estado de Minas soma esforços com São Paulo e Bahia na luta para combater o desmatamento na Amazônia e encorajar o setor madeireiro a cumprir com as boas práticas de manejo florestal.

"O fim do desmatamento é uma prioridade para o Brasil e Minas Gerais pode e deve dar sua colaboração para atingir esta meta, garantindo um desenvolvimento sustentável para o país", disse Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil.

A exploração ilegal de madeira abre caminhos para que outros atores que atuam na clandestinidade, como fazendeiros e grileiros, tenham acesso a áreas intactas de florestas. Estima-se que até 80% da extração madeireira na Amazônia seja ilegal. Cerca de 60% do total produzido ao ano são consumidos pelo mercado brasileiro.

"Estados, municípios e os próprios órgãos do governo federal consomem grandes quantidades de madeira na construção de obras públicas. A decisão de agir – ou não – por parte de governos define se o poder público será co-responsável pela destruição da floresta ou se será parte desta rede de amigos da Amazônia", disse Adriana Imparato, coordenadora do programa do Greenpeace.

O evento desta quarta-feira contou com a participação do Secretário Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos de Carvalho, além de diversas organizações ambientalistas locais, historicamente comprometidas com a defesa da Mata Atlântica.

Além dos estados, o Greenpeace também desenvolve o programa Cidade Amiga da Amazônia, voltado aos municípios brasileiros. Atualmente, o programa conta com a participação de 37 cidades, localizadas nos principais mercados consumidores de madeira do país, entre elas capitais como: São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Manaus.

Fonte: GreenPeace

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Turnê de Madonna vai jogar 1635 toneladas de CO2 na atmosfera

Madonna pode até apoiar causas ambientais, como fez ao se apresentar no Live Earth, ano passado. Mas os shows de sua turnê "Sticky & Sweet", que começam hoje no País de Gales, não são os melhores exemplos de eventos ecologicamente corretos.

Segundo o jornal britânico "Daily Mail", a nova turnê de Madonna, que terá 45 shows, dois deles no Brasil, deve jogar 1635 toneladas de carbono na atmosfera - o equivalente ao que 160 britânicos emitem em um ano.

Só nos vôos entre Estados Unidos e Europa, a cantora deve emitir 95 toneladas de carbono, gás considerado o principal responsável pelo aquecimento global.

O transporte da numerosa equipe da cantora – composta por 250 pessoas - deve poluir a atmosfera com 1060 toneladas do gás.

"É uma quantidade imensa de emissões de carbono, mesmo para uma celebridade tão famosa", disse John Buckley, especialista do site Carbonfootprint.com consultado pelo jornal.

Mas isso não é nada: o deslocamento do público para os shows da cantora deve gerar emissões ainda maiores de CO2.

Será que a diva vai plantar alguma árvore para compensar o estrago?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

LIXO x RECICLAGEM

DEFINIÇÃO

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.

Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?

Ué, mas se serve pra outras pessoas então não é lixo!

É isso aí, tá na hora de revermos o significado dessa palavra!

Que tal “tudo aquilo que foi descartado e que, após determinado processo, pode ser útil e aproveitado pelo homem”?

Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados, passarão a ser chamados de MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS; já aqueles materiais que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem passarão a se chamar MATERIAIS RECICLÁVEIS!!!

Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo PET é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa PET em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem .

QUE PROBLEMÃO, HEIN!

A situação econômica do Brasil melhorou de 10 anos para cá, resultando em aumento da demanda/procura tanto de bens de consumo (alimentos, bebidas, combustíveis etc) quanto de bens duráveis (eletrodomésticos, carros, móveis etc). A produção teve que acompanhar este crescimento e para isso foi preciso aumentar a extração de matéria-prima e o consumo de energia.

Mas o que o lixo tem a ver com isso?

Com a possibilidade de comprar mais, muitas vezes adquirimos produtos desnecessários ou nos desfazemos com mais facilidade do que já temos. Essa cultura do desperdício infelizmente ainda é bastante presente em nosso povo. Segundo o último censo do IBGE a quantidade diária de lixo urbano coletado no Brasil é de 228.413 toneladas, o que representa 1,25 Kg diários por cada um dos cerca de 182.420.808 habitantes.

Todo o processo de geração, coleta, processamento e armazenamento do lixo resulta em problemas sociais, ambientais e econômicos. Como quase todas as atividades humanas geram resíduos, em quase todos os lugares há a possibilidade do lixo estar causando problemas. Mesmo quando o lixo é tratado adequadamente alguns problemas persistem, mas no Brasil 59% do lixo produzido são lançados a céu aberto (IBGE, 2000).

E AGORA? COMO RESOLVER?

Já vimos o que é o lixo e discutimos a sua redefinição. Também apontamos todos os problemas da produção e acúmulo de lixo. Resta saber o que pode ser feito para evitar os problemas ou, pelo menos, diminuí-los.

Ao invés de fórmulas complexas ou soluções mágicas ou ainda passar a responsabilidade para o governo, a solução para esta questão passa pelo cotidiano de cada um de nós.

Todos nós geramos lixo diretamente em nossas atividades diárias e indiretamente por conta de todas as nossas necessidades (alimentos, moradia, roupas, tratamento médico, lazer etc.), portanto somos todos responsáveis por este problemão.

A educação é a melhor e mais confiável saída para esta encrenca e, por incrível que pareça, há uma filosofia muito simples que é considerada a solução mais completa.

CONHEÇA AGORA OS 3 RS:

Reduzir:

Se o lixo é um problema o melhor resíduo que existe é o que não foi gerado. Pena que é impossível viver sem produzir restos, mas é possível diminuir a quantidade produzida.

Ao repensar a relação que temos com as nossas sobras podemos identificar situações em que uma outra conduta fará enorme diferença no volume de lixo gerado.

Quando fizer compras num supermercado o consumidor pode escolher produtos que venham com menos embalagens ou com embalagens mais resistentes e reutilizáveis. Pode ainda levar os produtos para casa em uma bolsa de compras própria, evitando o uso de muitas sacolas plásticas.

No momento da escolha de bens duráveis (fogão, móveis, eletrodomésticos) podemos optar por modelos de melhor qualidade, com garantia, que durem mais reduzindo a necessidade de comprá-las de novo em breve.

De carona na redução do lixo vêm os cuidados com as reduções no consumo de água, energia e combustíveis. Estes cuidados nem sempre estão ligados à questão dos resíduos, mas combinam com a responsabilidade ambiental de todos nós, dependentes da matéria-prima, água, energia e combustíveis.

O uso racional dos recursos e da nossa lixeira é o mais poderoso protetor do ambiente e da nossa qualidade de vida. Portanto, reduzir é ótimo para a vida do planeta!

Também não podemos ignorar o desperdício de alimentos. Antes mesmo de se tornar lixo os alimentos desperdiçados já são um problema e uma vergonha nacional. O combate à miséria brasileira é batalha de longa data e sempre se soube que o desperdício no Brasil é imenso, provavelmente capaz de reduzir muito a fome em nosso país. Fruto de falhas no sistema de produção (lá no campo), distribuição e utilização dos produtos agrícolas (em qualquer cozinha), o desperdício de alimentos é o cartão de visitas de uma sociedade ainda longe de saber o valor do que possui, e que por isso desperdiça tanto.

Reaproveitar:

É dar novo uso a um material que já foi usado.

Boa parte dos nossos resíduos pode ser reaproveitada de várias maneiras. Assim como na REDUÇÃO basta refletir sobre os materiais que manuseamos no nosso dia-a-dia. Aí surge o uso dos dois lados do papel, a utilização de potes diversos para guardar sobras de alimentos na geladeira, latas que viram porta-lápis e etc. A imaginação não tem limite!

Dentro do REAPROVEITAR também podemos alojar a idéia de trocar objetos com amigos, freqüentar sebos, brechós e a super atividade de recuperar de tudo, que além de evitar a produção excessiva de lixo, serve para exercitar a criatividade e a habilidade manual.

Reciclar:

Reciclar é transformar de modo artesanal ou industrial um produto usado em um novo produto, igual ou diferente do original. Essa transformação deve ser química e/ou física, daí a diferença do reaproveitamento que não altera a matéria de maneira tão profunda .

Os benefícios da reciclagem são muitos: economia de matéria-prima, de energia e de água. Mas as dificuldades não são poucas. Cada material deve ir para uma fábrica diferente, o que demanda um esquema de separação anterior à coleta (que nesse caso tem que ser diferenciada) ou depois da coleta (quando o material sujo perde parte de seu valor de comercialização). Além disso, nem todas as regiões possuem fábricas que façam a reciclagem de todos os materiais e aí nem sempre adianta separar.

É comum que a venda dos materiais não cubra os custos da coleta seletiva e a Prefeitura pode achar que o estímulo à reciclagem não compensa. Por isso é fundamental que o órgão público encare a coleta seletiva de materiais recicláveis não só pela questão econômica, mas como um benefício social e ambiental para toda a sociedade. Se fizer a coleta seletiva integrada a um importantíssimo sistema de gerenciamento de resíduos, todos os benefícios (sociais, ambientais e econômicos) serão muito maiores. Esse sistema é a maneira mais completa de lidar com o lixo municipal, pois além de coleta seletiva e reciclagem, se preocupa e atua com relação ao lixo tóxico, lixo orgânico, aterro sanitário, lixão, impactos da coleta e da disposição, custos, questões de saúde pública e de emprego.

Quando refletimos e agimos sobre a questão do lixo em casa, na escola, no trabalho, na prefeitura e na rua, percebemos o quanto é possível que cada um de nós faça uma diferença enorme diante deste problemão. Ao assumir nossas responsabilidades sobre esta e todas as questões da sociedade, estamos de fato virando cidadãos e construindo uma nação de verdade.

Fonte: Recicloteca

domingo, 17 de agosto de 2008

Especialistas: consumo consciente é "comer menos"

Pesquisas publicadas pelo site Live Science apontam para um aumento crescente nos custos dos alimentos e combustíveis. Este fato, acrescido dos impactos, já reais, do aquecimento global, torna necessário um consumo cada vez mais consciente. Segundo os pesquisadores, um consumo consciente seria a busca por alimentos mais eficientes em termos energéticos acrescido da nova "cura de todos os males": comer menos. Conforme a publicação, o último relatório da Universidade de Illinois prevê um aumento maior nos preços dos produtos alimentícios no próximo ano. Sendo assim, esta "cura para todos os males" sugerida, poderá tornar-se um modo de vida inevitável para as pessoas com orçamentos mais baixos.
Isso teria, naturalmente, o benefício adicional de reduzir medidas e melhorar a saúde, o que proporcionaria poupanças adicionais de redução dos custos com a saúde.
Outro benefício nesse corte no consumo seria a redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa - dizem os pesquisadores - o que contribuiria para reduzir os bilhões de dólares em prejuízos previstos com o aquecimento do mundo.
Cerca de 19% do consumo energético dos Estados Unidos é gasto na produção e fornecimento de alimentos, afirma o cientista David Pimentel da Universidade de Cornell na última edição da publicação Human Ecology. Considerando que o americano médio consome um número estimado de 3.747 calorias por dia - pelo menos 1.200 a mais do que aconselham os especialistas de saúde -, todos os pesquisadores sugerem cortes de consumo.
Produtos de origem animal e os chamados "junk food", em particular, utilizam mais energia e outros recursos para a sua produção do que produtos naturais como batata, arroz, frutas e legumes.
Produzir tudo o que é usado em um único hambúrguer, por exemplo, requer cerca de cinco mil litros de água, de acordo com site da U.S. Geological Survey, fonte oficial do governo dos Estados Unidos.

Alimentos do futuro

Um estudo realizado em 2006 pelos pesquisadores Gidon Eshel e Pamela Martin, da Universidade de Chicago, descobriu que uma dieta vegetariana é a que tem menos gastos em termos de energia, seguido da dieta que inclui aves. Dietas com carne vermelha ou peixe são as que têm custos mais altos.
"Ao reduzir a ingestão de 'junk food' e converter a dieta em outra com menos carne vermelha, poderíamos ter uma enorme redução sobre o consumo de combustível, bem como a melhoria da saúde pública", afirma Pimentel.
O Engenheiro Agrônomo com mestrado em produção animal pela UFRGS Gustavo Javier Wassermann afirma que, apesar da alimentação vegetariana causar menos impacto no meio ambiente, o consumo mundial de proteínas de origem animal é crescente ano a ano. "Em termos de aproveitamento energético, os alimentos de origem vegetal estão no topo da cadeia. Mas pesquisas apontam que o mundo tem preferência por comer proteínas ricas, que são as de origem animal", afirma.
Para o cientista, a maneira de combinar este aumento de consumo de carnes com um menor impacto ambiental, seria mesmo dar preferência ao consumo de aves. Gustavo explica que "as aves de corte têm ciclo curto, ou seja, têm curto período entre o nascimento e o abate, se comparado às outras culturas como a de bovinos. Um frango está pronto para o abate aos 40 dias de vida, já um bovino necessita de dois anos."
Outro fator que deve ser considerado é a chamada conversão alimentar. Segundo o Agrônomo, "a conversão alimentar é a relação entre a quantidade de alimentos que o animal consome e a quantidade que ele produz. Entre os Bovinos, os peixes e as aves, estas últimas produzem mais alimento em relação ao seu consumo, por isso são consideradas mais eficientes me termos energéticos."
Além de todos estes fatores, "a produção de aves de corte é a que necessita de menor quantidade de água, que é um bem em crescente escassez no mundo", completa o cientista.

Consumidor no controle

Os estudos da Universidade de Cornell, conduzidos por David Pimentel, afirmam que o consumidor está na posição mais forte para contribuir para uma redução da utilização de energia.
"Assim que os indivíduos aderem a um estilo de vida ecológico, a concientização da influência que suas escolhas alimentares têm sobre os recursos energéticos, poderia ser um incentivo para que elas comprem produtos saudáveis e evitem aqueles alimentos altamente processados, muito embalados e menos nutritivos", afirma o pesquisador. "Além de conduzir para um meio ambiente mais limpo, isto levará também a uma saúde melhor."

sábado, 16 de agosto de 2008

Solo Perenemente Congelado (permafrost)

Permafrost - Solo escuro que permanece gelado por mais de dois anos em regiões árticas (grandes latitudes) e em regiões montanhosas (grandes altitudes permanentemente geladas) com planícies ou altiplanos de tundra onde se desenvolvem pequenos arbustos, musgos e líquens, muitas vezes ocorrendo camada de solo capeando nível de gelo permanente ou que só degela parcialmente em ciclos maiores de aquecimento climático.
O degêlo parcial de camadas do permafrost desenvolve feições superficiais métricas a decamétricas poligonizadas, onde podem se concentrar frações detríticas contidas no gelo, em um padrão que fica bem marcado na tundra.


INTTRODUÇÃO

No Alaska e na Sibéria onde o derretimento e degelo do solo perenemente congelado (permafrost) estão causando a queda das construções produzindo o fenômeno conhecido como "árvores embriagadas". O mais importante de tudo isso é o impacto que pode ocorrer na Sibéria e em parte do Alaska, onde há uma enorme quantidade de CO2 e Metanos congelados, que aumentará drasticamente a quantidade de poluição ambiental na atmosfera da Terra se forem descongelados.
A quantidade total de CO­2 na atmosfera da Terra a maior parte gerada pela atividade humana é de 730 trilhões de toneladas de CO­­2 , mas se ultrapassarmos o nível de alerta, níveis de CO­2 mundiais aumentaram com o derretimento do solo e permitindo o derretimento dessas áreas na Sibéria e no Alaska podemos liberar o carbono congelado o que, em um curto espaço de tempo dobraria a quantidade de CO­2 na atmosfera terrestres.

Tuntra

A tundra é a vegetação proveniente do material orgânico que aparece no curto período de degelo durante a estação quente das regiões de clima frio, apresentando assim apenas espécies de que se reproduzem rapidamente e que suportam baixas temperaturas. Aparece em regiões como o Norte do Alasca e do Canadá , Groelândia , Noruega , Suécia , Finlândia e Sibéria . A Tundra Ártica surge a sul da região dos gelos polares do Ártico, entre os 60º e os 75º de latitude Norte, e estende-se pela Escandinávia, Sibéria, Alasca, Canadá e Groelândia. Situada próximo do pólo norte, no círculo polar Ártico, recebe pouca luz e pouca chuva, apresentando um clima polar, frio e seco. O solo permanece gelado e coberto de neve durante a maior parte do ano. Apresenta Invernos muito longos, com uma duração do dia muito curta, não excedendo a temperatura os -6ºC (temperatura média entre os -28ºC e os -34ºC). Durante as longas horas de escuridão a neve que vai caindo acumula-se, devido aos fortes ventos, nas regiões mais baixas, obrigando os animais a permanecerem junto ao solo e apenas a procurar comida para se manterem quentes. As quantidades de precipitação são muito pequenas, entre 15 e 25 cm, incluindo a neve derretida. Apesar da precipitação ser pequena, a Tundra apresenta um aspecto húmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo causada pelo permafrost. Só no Verão, com a duração de cerca de 2 meses, em que a duração do dia é cerca de 24 h e a temperatura não excede os 7º-10 ºC, a camada superficial do solo descongela, mas a água não se consegue infiltrar por as camadas inferiores se encontrarem geladas (permafrost, que começa a uma profundidade de alguns centímetros e se prolonga até 1 metro ou mais). Formam-se então charcos e pequenos pântanos. A duração do dia é muito longa e ocorre uma explosão de vida vegetal, o que permite que animais herbívoros sobrevivam - bois almiscarados, lebres árticas, renas e lemingues na Europa e na Ásia e caribus na América do Norte. Estes por sua vez constituem o alimento de outros animais, carnívoros, como os arminhos, raposas árticas e lobos. Existem também algumas aves como a perdiz-das-neves e a coruja-das-neves. A vegetação predominante é composta de líquenes (plantas resultantes da associação de fungos e algas, que crescem muito lentamente e extraordinariamente resistentes à falta de água, que conseguem sobreviver nos ambientes mais hostis), musgos, ervas e arbustos baixos, devido às condições climáticas que impedem que as plantas cresçam em altura. As plantas com raízes longas não se podem desenvolver pois o subsolo permanece gelado, pelo que não há árvores. Por outro lado, como as temperaturas são muito baixas, a matéria orgânica decompõe-se muito lentamente e o crescimento da vegetação é lento. Uma adaptação que as plantas destas regiões desenvolveram é o crescimento em maciços, o que as ajuda a evitar o ar frio. Mas as adaptações das plantas típicas da Tundra não ficam por aqui. Crescem junto ao solo o que as protege dos ventos fortes e as folhas são pequenas, retendo, com maior facilidade, a humidade. Apesar das condições inóspitas, existe uma grande variedade de plantas que vivem na Tundra Ártica. A maioria dos animais, sobretudo aves e mamíferos, apenas utilizam a Tundra no curto Verão, migrando, no Inverno, para regiões mais quentes. Os animais que ali vivem permanentemente, como os ursos polares, bois almiscarados (na América do Norte) e lobos árticos, desenvolveram as suas próprias adaptações para resisitir aos longos e frios meses de Inverno, como um pêlo espesso, camadas de gordura sob a pele e a hibernação. Outro animal muito peculiar da Tundra é o da espécie Paoliello, conhecido também como Pololô. Essas criaturas têm um costume inexplicável de guardar galhos e bananas gigantes, típicas da região, em suas cavidades anais. Não se sabe ao certo se eles fazem isso por necessidade ou por puro prazer, uma vez que casos de homosexualidade são comuns nos machos da espécie. Como forma de proteção contra o frio, os Pololôs apresentam uma grossa camada de gordura e dentes que são capazes de perfurar toda a crosta de gelo, permitindo assim o acesso a musgos e outras fontes de alimento. Por exemplo, os bois almiscarados apresentam duas camadas de pêlo, uma curta e outra longa. Também possuem cascos grandes e duros o que lhe permite quebrar o gelo e beber a água que se encontra por baixo. Os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se completamente ausentes devido às temperaturas serem muito baixas. Lebre Ártica, no Inverno e no Verão. A cor do pêlo ajuda o animal a camuflar-se. Fonte: "Páginas da Natureza, 5º ano". Editorial O Livro Tundra Alpina A Tundra Alpina encontra-se em vários países e situa-se no topo das altas montanhas. É muito fria e ventosa e não tem árvores. Ao contrário da Tundra Ártica, o solo apresenta uma boa drenagem e não apresenta permafrost. Apresenta ervas, arbustos e musgos, tal como a Tundra Ártica. Encontram-se animais como as cabras da montanha, alces, marmotas (pequeno roedor), insectos (gafanhotos, borboletas, escaravelhos).

Por que o gelo ártico está derretendo 50 anos antes do esperado?

Introdução

Em 19 de agosto de 2007, uma pesquisa conjunta da Japan Agency for Marine-Earth Science and Technology (Agência Japonesa para Ciência e Tecnologia do Mar e da Terra) e da Japan Aerospace Exploration Agency (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) revelou que o gelo ártico estava derretendo em um ritmo muito mais rápido do que o estimado. O que é particularmente alarmante sobre essa descoberta é que os modelos cientificos das Nações Unidas estimaram que os níveis de gelo medidos pela equipe japonesa não seriam atingidos antes de 2040, talvez nem mesmo antes de 2050.
Um pesquisador do Colorado Center for Astrodynamics (Centro de Astrodinâmica de Colorado) disse que o gelo ártico está derretendo em um ritmo nunca visto antes [fonte: Science Daily]. O derretimento fez que o gelo costeiro em partes do Canadá (em inglês) e do Alasca (em inglês) se tornasse bastante frágil. Esse gelo se desprende em grandes blocos (um processo conhecido como desprendimento) e derrete no oceano aberto. Também existe menos gelo do mar no Oceano Ártico porque o gelo flutuou para o Oceano Atlântico. O registro anterior mais baixo de gelo do mar Ártico foi feito em 15 de agosto de 2005, embora os cientistas tenham falado que havia uma grande probabilidade de que esse registro fosse ainda menor em 2007.
O Ártico apresentou um outro marco no verão de 2007. Em agosto, a Passagem Noroeste não tinha quase nenhum gelo flutuante. Foi a primeira vez que a Passagem esteve completamente aberta para navegação desde que se começaram a fazer registros em 1972. Os cientistas dizem que a falta de gelo representa uma prova clara de que o planeta está aquecendo. A rota, que agora é de mar aberto, significa que uma pessoa poderia navegar de Nova York à Coréia sem se deparar com nenhum gelo, apesar de ser possível encontrar mau tempo. Em comparação, o primeiro explorador a navegar com sucesso pela Passagem Noroeste, Roald Amundsen, levou três anos para atravessar a espessa camada de gelo da hidrovia.
O gelo do mar é basicamente medido por meio de três métodos: sensores de microondas em satélites na órbita, bóias e plataformas de observação. Os dois últimos geralmente são equipados com vários tipos de instrumentos de medição. Os cientistas concentram as medições na extensão do gelo do mar e não em sua espessura, já que é mais fácil os satélites medirem a extensão. Quando estão examinando gelo do mar, os cientistas observam a extensão mínima e máxima, a espessura, as condições ambientais e as mudanças no período de derretimento. O período de derretimento do gelo do mar Ártico geralmente dura de março até a metade de setembro.
Esse ritmo de derretimento do gelo ártico deixou os cientistas preocupados com o aumento dos níveis do mar, com a diminuição dos hábitats dos ursos polares e de outros animais, e com a corrida por combustíveis fósseis prestes a acontecer na região.
O crescimento do tráfego pela Passagem Noroeste e Nordeste (que passa pela Sibéria) pode aumentar a poluição na área.
O gelo se forma de novo durante o inverno, mas, devido às águas mais quentes, a quantidade de gelo que é recomposto parece estar diminuindo. O gelo, que antes era considerado "permanente", agora está derretendo. Isso deixa uma base de gelo cada vez menor no início de cada período de derretimento.
O gelo do mar tem um importante papel de manter as temperaturas baixas ao redor do mundo. O gelo do mar reflete 80% da luz do sol para a atmosfera, ao passo que a água do oceano absorve 90% dessa luz [fonte: Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo]. Como o gelo derretido expõe mais partes do oceano à luz do sol direta, os cientistas supõem que a temperatura da água vai aumentar, acelerando o derretimento do gelo.
Na próxima seção, vamos dar uma olhada em mais conseqüências do derretimento do gelo ártico, inclusive na corrida para explorar o fundo do mar e nos valiosos depósitos de energia que existem nele.

Conseqüências do derretimento do gelo ártico

A abertura da Passagem Noroeste e o derretimento do gelo ártico permitiram acesso a partes do Oceano Ártico e do fundo do mar que estiveram bloqueadas por séculos. Como conseqüência, vários países estão tentando se apoderar de partes do Ártico abertas na esperança de alcançar algumas das reservas de petróleo e de gás natural enterradas no fundo do mar. Os especialistas calculam que 25% das reservas de combustíveis fósseis que restam no mundo se encontram no fundo do mar Ártico [fonte: Guardian Unlimited]. O comentarista Jeremy Rifkin apontou, com ironia, que a queima de combustíveis fósseis e o subseqüente aumento das temperaturas globais tornaram possível o acesso a essas reservas de petróleo e de gás há tanto tempo bloqueadas [fonte: Houston Chronicle].
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, oferece aos países uma zona econômica com extensão de 320 quilômetros a partir de seus litorais e, por causa das cláusulas desse tratado, alguns países estão reivindicando partes do Ártico. Em agosto de 2007, a Rússia colocou uma bandeira no fundo do mar Ártico afirmando que parte dessa região é uma extensão de sua plataforma continental. O Canadá, a Noruega e a Dinamarca (por meio da Groenlândia) estão fazendo afirmações parecidas. Os Estados Unidos e o Canadá ainda disputam o direito de posse da Passagem Noroeste, ao passo que a Dinamarca e o Canadá reivindicam a posse da ilha Hans.
Alguns comentaristas dizem que uma nova exploração de petróleo que está a caminho irá causar mais danos ao frágil ambiente da região. Apesar da controvérsia, particularmente a Rússia e o Canadá parecem estar em uma busca agressiva por seus direitos sobre a região. A Rússia está expandindo as operações de perfuração em águas ao largo da costa da Sibéria. O Canadá está gastando vários bilhões de dólares para construir um porto marítimo debaixo das águas e colocar novos navios para rondar seu território ártico. O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse que "a postura do Canadá é que queremos nosso lugar na área ártica" [fonte: CanWest News Service].
Os cientistas chamam essa corrida por combustíveis fósseis e o derretimento do permafrost na Sibéria e em outras áreas de "uma bomba prestes a explodir" [fonte: Houston Chronicle]. O vasto permafrost da Sibéria continua a derreter, e agora grandes quantidades de metano, presas debaixo do gelo, podem ser liberadas. O metano é um gás de efeito estufa altamente potente, cerca de 20 vezes mais forte que o dióxido de carbono. Os cientistas temem que a liberação dessa quantidade de metano possa dar início a um tipo de círculo vicioso, em que a liberação aumenta o nível do aquecimento global, que estimula o derretimento do permafrost e resulta na liberação de mais metano [fonte: Houston Chronicle].

Um dos efeitos mais visíveis do derretimento do gelo ártico é o desprendimento de grandes pedaços de gelo de geleiras e de blocos de gelo. Em 2005, a ilha de gelo Ayles, um pedaço de gelo de 77 km2, desprendeu-se do bloco de gelo Ayles do Canadá e começou a se movimentar pelo Ártico. Algumas pessoas temeram que a ilha de gelo colidisse com uma torre de perfuração do Alasca no mar Beaufort, mas, no fim de agosto de 2007, ela ficou presa em um canal no Grande Ártico, a 480 quilômetros de seu local de origem.

Fonte: HowStuffWorks

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Aquecimento global pode dar prejuízo de até R$ 14 bilhões à agricultura brasileira

Estudo da Embrapa e da Unicamp levantou efeitos das mudanças climáticas para o cultivo.Conseqüências atingem em cheio o Nordeste e o plantio de soja.
Se nada for feito para conter o aquecimento global, a produção de alimentos no Brasil pode tomar um prejuízo de R$ 7,4 bilhões já em 2020. A situação fica ainda pior cinqüenta anos depois: em 2070, as perdas devem quase dobrar e atingir os R$ 14 bilhões. O alerta foi feito por um estudo realizado em parceria entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgado nesta segunda-feira (11).
A cultura mais afetada será a soja, que pode perder até 40% na produção, o que renderia um prejuízo de R$ 7,6 bilhões até 2070. O cultivo de café deve mudar de endereço, deixando o Sudeste (o que deve gerar perdas de até 90% para os produtores de São Paulo e Minas Gerais) para ter sucesso no Sul. Entre as regiões brasileiras, o impacto maior se concentra no Nordeste, que verá uma forte redução na área das plantações de arroz, milho, feijão, algodão e girassol -- só nesses estados, 20 milhões de pessoas serão atingidas. Mas se as notícias são ruins para a produção de alimentos, o aquecimento global não parece ter um efeito negativo sobre a cana-de-açúcar. “Apesar das mudanças climáticas, o programa do etanol parece estar garantido”, explicou ao G1 o co-autor do estudo, Eduardo Delgado Assad, da Embrapa. “O biodiesel, no entanto, vai enfrentar problemas, porque a soja é atingida em cheio”, diz ele. O trabalho foi realizado unindo os dados do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas) sobre o aquecimento global, divulgados no início de 2007, com o Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos, do Ministério da Agricultura. A equipe analisou os nove cultivos mais representativos da produção nacional: algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, feijão, girassol, mandioca, milho e soja. E não levou em conta os estados da Amazônia, porque eles não fazem parte do zoneamento. Durante o levantamento, os cientistas conseguiram analisar as variações de temperatura em áreas de cerca de apenas 40 quilômetros. “Estamos falando sobre os riscos do aquecimento global para a agricultura faz tempo. A diferença é que agora somos capazes de dar o endereço e o telefone do agricultor que será afetado”, afirma Assad.
  • Alterações previstas
    O aumento provavelmente inevitável da temperatura no país, além de fazer as plantas e o solo perderem mais água por evapotranspiração, não deve ser compensado por um aumento correspondente de chuvas. É o que afirma Hilton Silveira Pinto, agrônomo do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp e co-autor do estudo. “Os dados sobre chuva que nós obtivemos com o modelo climático são irregulares, mas há 4.000 estações da ANA [Agência Nacional de Águas] espalhadas pelo Brasil, com mais de 25 anos de dados. E a conclusão é que não há variação no total de chuva. Por isso, o que deve haver é o aumento de eventos extremos”, diz o pesquisador. Trocando em miúdos: a água que cai do céu ao longo do ano como um todo não deve variar, mas é quase certo que haja mais tempestades furiosas, intercaladas por períodos cada vez mais longos de seca. “É uma tendência que a gente já está vendo nos últimos 50, 60 anos”, afirma o agrônomo. Isso significa tanto uma possibilidade maior de falta d’água nas fases mais críticas do crescimento das plantas quanto a intensificação da aridez em regiões que já são naturalmente ressequidas, como a caatinga do Nordeste e do norte de Minas. “No caso do oeste da Bahia, por exemplo, em que há grande produção de frutas com irrigação, a situação pode ficar crítica”, diz Silveira Pinto.
  • Adaptação e mitigação
    E, se o problema vai ser água de menos, as medidas para diminuir a liberação de gás carbônico na atmosfera ou para se adaptar às temperaturas mais altas também podem ter um impacto positivo sobre os recursos hídricos, diz o pesquisador. Uma delas é o plantio direto, no qual a palhada da safra já colhida continua no solo durante a nova semeadura. “Com isso, você consegue uma economia de água de 10% e seqüestra [armazena] uns 500 kg de carbono por hectare ao ano”, afirma. Outra combinação interessante é juntar numa só mistura sistemas agroflorestais (eucalipto plantado, por exemplo), lavouras anuais e gado. O aproveitamento máximo do solo - de preferência em áreas que hoje são pastagem degradada -- também aumenta o seqüestro de carbono (via árvores), mantém o gado “sombreado” pela agrofloresta e pode até quadruplicar a produtividade da pecuária. Uma aposta da Embrapa para a sobrevivência às mudanças climáticas são os chamados “transgênicos de segunda geração”, projetados não para serem maiores, melhores e sobreviverem sem pesticidas, mas para suportarem temperaturas mais altas. O segredo está nos genes de plantas típicas dos climas mais quentes do país, como o umbu e a sirigüela. Assad acredita que esse tipo de alteração genética pode manter o café em Minas e o algodão no Nordeste. “A biodiversidade brasileira, que está sendo destruída, é a verdadeira salvação da lavoura”, diz ele. Para realizar tudo isso, o “gigante adormecido” conta com uma posição especial. “Temos domínio da agricultura tropical. Temos o conhecimento, temos o pessoal e, mais importante, temos área suficiente para colocar tudo isso em prática”, afirma Assad. “Mas precisamos de recursos. E precisamos começar já. Essas são estratégias que demoram anos para dar resultados. Já devíamos ter começado antes”, diz ele Silveira Pinto aposta que os agricultores brasileiros não vão ficar de braços cruzados diante das necessidades impostas pelas mudanças climáticas. “Para começar, todo o sistema de financiamento agrícola do Brasil já depende do zoneamento de risco climático. E em agricultura conta muito o que chamamos de exemplo do vizinho. Quem adotar essas mudanças vai ser copiado”, afirma.

domingo, 10 de agosto de 2008

Especial: Biocombustíveis x Alimentos

Será mesmo que o aumento da produção de biocombustíveis vai inflacionar os preços de alimentos ao consumidor? Parece até boato de quem está com inveja da riqueza que está sendo gerada pelo setor, não é mesmo?

m todo caso, a pergunta é oportuna, visto que o aumento do preço de alimentos básicos (como o açúcar, o óleo de soja, verduras e laticínios) pode ser desastroso para a população pobre do planeta.

Para responder a pergunta, é preciso compreender a relação entre biocombustíveis e a formação de preços dos alimentos ao consumidor. Façamos um breve raciocínio lógico.


1. O que os biocombustíveis têm a ver com os alimentos que compramos?

Tudo. A matéria-prima do açúcar refinado, por exemplo, é a mesma cana-de-açúcar utilizada na produção do etanol. Enquanto no Brasil as culturas mais utilizadas para a produção de biocombustível são cana-de-açúçar, soja, palma (dendê) e mamona, nos EUA o alimento utilizado é o milho, com uma produtividade muito menor que as das matérias-primas brasileiras.


2. Aumento da demanda

Nós, consumidores, agora temos que dividir parte destes alimentos com um consumidor voraz: a indústria de biocombustíveis. A demanda por produtos que são usados tanto em biocombustíveis como em alimentos cresceu, e vai crescer cada vez mais. E, segundo a lei da oferta e procura (a mais inexorável das leis do capitalismo), os preços podem subir tanto para um mercado quanto para o outro. Se houver mais demanda de um lado, haverá um preço do outro.

3. Diminuição de outras culturas

Como produzir biocombustíveis virou febre no Brasil, os agricultores têm substituído suas culturas tradicionais (como mamão, laranja, cenoura, batata e outras), para plantar aquelas utilizadas na produção de etanol e biodiesel. Por enquanto, de uma maneira pequena em relação a área plantada. A oferta destes alimentos, portanto, tende a diminuir, enquanto a demanda continuará a mesma. O resultado é o aumento dos preços de alimentos ao consumidor.

4. Aumento indireto de preços

Parte da alimentação dos bovinos, suínos e aves é composta por insumos utilizados na produção de biocombustíveis. Ou seja, pode ficar mais caro alimentar estes animais. E este aumento de custo será repassado aos consumidores - carnes e laticínios podem ficar mais caros.

Ao longo de 2006, o preço internacional do milho (matéria-prima não só da tortilla, mas do etanol nos EUA) subiu 55%. A soja, cuja produção foi reduzida nos EUA para abrir espaço para o milho, teve alta de 13%, segundo o International Food Policy Research Institute (IFPRI).

Na economia brasileira, de 2006 a 2007, alguns alimentos apresentaram elevação dos preços acima do esperado, de acordo com estatísticas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O açúcar refinado, por exemplo, ficou 15,74% mais caro no varejo no período. No período do Pró-álcool, a primeira tentativa de usar etanol nos veículos brasileiros ocorrida nos anos 80, houve muita especulação e os usineiros, às vezes, vendiam para os produtores do etanol e, às vezes, para os produtores de açúcar.

Os especialistas já não ignoram mais a existência de uma correlação entre preços de alimentos e aumento da demanda de biocombustíveis. A constatação veio por meio do informe Perspectivas Agrícolas 2007-2016, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em setembro de 2007.

De acordo com o relatório, a demanda por biocombustíveis em nível mundial vai duplicar em 10 anos. Do lado da oferta, estima-se que até 2016 a União Européia (UE) irá produzir 21 milhões de toneladas de biocombustíveis, ante aos atuais 10 milhões; os EUA irão dobrar sua produção e o Brasil, por sua vez, irá saltar de 21 para 44 bilhões de litros produzidos anualmente. A China, ainda segundo a OCDE, irá expandir sua produção de etanol em cerca de 3,8 bilhões de litros por ano.

Será mesmo que, como todo este movimento de mercado, os preços dos alimentos não serão afetados?

Mocinho ou vilão?

Parece até brincadeira. Os biocombustíveis, até então vistos como uma das alternativas mais viáveis para a substituição dos combustíveis fósseis, agora são bombardeados por críticas, vindas de todos os lados.

Veja abaixo os possíveis problemas gerados pelo crescimento desenfreado do consumo de biocombustíveis e algumas alternativas para isso.

Aumento do preço de alimentos (diretos e indiretos) - O aumento da demanda de plantas para a produção dos biocombustíveis pode elevar os preços (direta e indiretamente) de diversos produtos ao consumidor. As conseqüências, no médio e longo prazos, são nefastas para a população pobre do mundo. Do outro lado, há produtividade diferenciada para várias tipos de biocombustíveis. Alguns dos mais improdutivos são soja e milho, dos mais produtivos, cana-de-açúcar e mamona.

Exclusão social - O modelo de produção de biocombustíveis, baseado em grandes propriedades e na geração de sub-empregos, é considerado socialmente excludente. Do outro lado, se você levado a sério uma política de incentivo ao pequeno agricultor poderia resolver parte do problema.

Aumento do efeito estufa - Estudos científicos publicados em outubro de 2007 comprovaram que, se o processo produtivo for considerado na somatória de emissão de gases do efeito estufa, os biocombustíveis chegam a ser 70% mais nocivos do que combustíveis fósseis, mas isso porque ainda utilizam os combustíveis fósseis para o transporte da produção e, no caso americano, até para a produção de etanol. No Brasil, a produção é feito com o uso do próprio etanol.


Desmatamento de florestas - O aumento da área plantada de cana-de-açúcar poderá pressionar a atual área agropecuária brasileira no sentido da Amazônia e, conseqüentemente, ao desmatamento da floresta.
Um ano após o anúncio do aumento da demanda mundial de biocombustíveis, em 2006, estatísticas apontaram um crescimento no percentual de desmatamento da Amazônia, que há cinco anos seguia tendência de diminuição;

Insuficiência de recursos hidricos - Atualmente a quantidade de água utilizada em todo o mundo na produção de alimentos é da ordem de 7 mil metros cúbicos, de acordo com o Instituto Internacional da Água de Estocolmo (SIWI). A estimativa é que, até o ano 2050, este consumo praticamente dobre. Nas palavras de Jan Lundqvist, diretor do conselhor da SIWI, "as projeções indicam que a água necessária para produzir biocombustíveis crescerá na mesma proporção que a demanda de água por alimentos, o que representaria a necessidade de 20 a 30 milhões de quilômetros cúbicos em 2050. E isto não é possível".

Alternativas mais eficientes - Um estudo britânico publicado na revista Science demonstrou que as florestas podem absorver de duas a nove vezes mais carbono, em um período de 30 anos, do que as emissões evitadas pelo uso de biocombustíveis.


É importante salientar que parte dessas críticas são também um alerta para que parte do processo de produção do biocombustível, por exemplo, possa ser melhorado para evitar os desastres.

Algumas das possíveis melhoras são:

* A escolha de matérias-primas mais produtivas
* O uso de terras já desmatadas e não cultivadas para o plantio
* A diminuição do combustível fóssil no processo de produção e transporte
* A utilização de pequenos agricultores para a produção de matéria-prima

Fonte: HowStuffWorks

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Floresta amazônica ganha fundo com US$ 1 bilhão para combater destruição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, decreto que cria o Fundo Amazônia, destinado a financiar ações de combate ao desmatamento e atividades que privilegiem o uso responsável dos recursos florestais. O fundo pretende arrecadar US$ 1 bilhão no seu primeiro ano e já tem sua primeira doação confirmada: US$ 100 milhões do governo da Noruega, que serão entregues em setembro durante visita do presidente daquele país ao Brasil.

O Fundo Amazônia ficará abrigado no BNDES e poderá receber contribuições nacionais e internacionais, exceto do poder público brasileiro – o que, em tese, garante maior agilidade e independência na tomada de decisões e na aplicação dos recursos. Esta destinação será aprovada por um Conselho Tripartite, envolvendo, de um lado, o governo federal e seus órgãos; de outro, os estados da Amazônia Legal; e uma terceira câmara formada pela sociedade civil, incluindo representantes de ONGs, povos indígenas, trabalhadores rurais, indústria e academia.

As decisões do Conselho serão tomadas por consenso e cada câmara terá direito a apenas um voto. Quinta-feira, em uma reunião no Palácio do Planalto, o governo decidiu que o fundo não será administrado pelo ministro Roberto Mangabeira Unger, responsável pelo Plano Amazônia Sustentável (PAS).

Em seu discurso, Lula afirmou que o Brasil é um país soberano e que não existe problema quanto ao controle da floresta.

"O Brasil vai assumir, sim, sua responsabilidade de cuidar da Amazônia e controlar as emissões provenientes do desmatamento. Sabemos e devemos cuidar da Amazônia. E cuidar da Amazônia é bom para a economia do País também", afirmou o presidente.

Lula também apoiou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sobre a adoção de moratórias setoriais, como a da soja e a da madeira legal.

"É melhor ter um bom acordo com os setores do que não fazer nada", disse ele.

O Fundo Amazônia foi inspirado na proposta do Pacto pelo Desmatamento Zero, apresentado ao governo e ao Congresso pelo Greenpeace e outras oito ONGs, em outubro de 2007. A medida também é consistente com a proposta do Greenpeace de criação de um mecanismo financeiro que permita a arrecadação de recursos em grande escala para viabilizar a redução acelerada do desmatamento em escala global, apresentada em Bali, em dezembro de 2007.

"A criação do Fundo Amazônia é um passo importante para assegurar os recursos necessários para combater o desmatamento, valorizar a floresta e a defesa do patrimônio biológico da região", disse Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil, que esteve presente à solenidade no Rio de Janeiro.

"No entanto, o fundo também precisa assegurar aporte de recursos nacionais, já que a economia brasileira também depende da Amazônia. Além disso, é preciso assegurar que haverá vontade política forte para transformar esses recursos em ações efetivas tanto de comando e controle quanto de promoção de atividades florestais responsáveis", disse Furtado.

O presidente Lula também encaminhou ao Congresso Projeto de Lei sobre o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima – instrumento fundamental para viabilizar tanto a Política quanto o Plano Nacional sobre Mudança do Clima. O projeto modifica a Lei do Petróleo e garante que os recursos que deveriam permitir ao Ministério do Meio Ambiente enfrentar acidentes decorrentes da exploração petrolífera – e que atualmente terminam nos cofres da União – sejam realmente empregados em medidas que ajudem a combater o aquecimento global.

"É importante que os recursos apareçam, mas o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que agora está com data marcada para setembro, foi prometido pelo governo há muito tempo. Este atraso é inaceitável, principalmente quando sabemos que o Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases que provocam o efeito estufa", lembrou Furtado.

O desmatamento, principalmente na Amazônia, é responsável por 75% das emissões brasileiras e é a principal contribuição do País ao aquecimento global.

Uma terceira medida constante do pacote é a revisão do Protocolo Verde, no qual os bancos públicos se comprometem a financiar atividades ambientalmente responsáveis. O governo ainda espera que bancos privados se juntem ao Protocolo.

Fonte: GreenPeace

sábado, 2 de agosto de 2008

Moratória da soja: um exemplo de que é possível produzir sem desmatar

Manuas (AM), Brasil — Acordo completa dois anos e obteve avanços significativos, mas ainda há desafios a enfrentar para acabar com destruição da floresta.

A moratória da soja completa dois anos nesta quinta-feira e, na avaliação dos diversos setores envolvidos, os avanços são significativos. Mas há desafios que precisam ser encarados com o rigor que merecem para que seja possível acabar com o desmatamento na Amazônia.

No mês passado, a indústria da soja anunciou a extensão da moratória até julho de 2009. No evento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, se comprometeu a apoiar a moratória da soja, priorizando o cadastro rural nos municípios produtores de soja.

Além de ter colocado diferentes atores da sociedade na mesma mesa de negociação para articular formas de produzir sem destruir a floresta, a iniciativa é um exemplo do poder que os consumidores têm de demandar boas práticas. Afinal, foi através da pressão das indústrias de alimentos consumidoras de soja que as traders que operam no Brasil anunciaram a moratória.

A extensão da moratória foi apoiada pela Aliança das Empresas Consumidoras, da qual participam o Macdonald’s, o Carrefour, a Sadia e o Wal Mart, entre outras. “Nós elogiamos o progresso positivo do Grupo de Trabalho da Soja - responsável pela implementação da moratória - nos últimos dois anos e reconhecemos que muito já foi alcançado. No entanto, nós concordamos que o processo precisa continuar. (...) Esperamos que a moratória continue em vigor até que todos os compromissos tenham sido alcançados”, afirma nota das empresas.

Para o Greenpeace, os principais desafios da moratória neste próximo ano são: a realização do cadastro e licenciamento ambiental das propriedades rurais - responsabilidade a ser partilhada pelo setor da soja e pelos governos estaduais e federal; a ampliação do sistema de monitoramento para incluir mecanismos de rastreabilidade; e assegurar que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) disponibilize o mapa do bioma Amazônia na escala 1:100.000, para a definição das propriedades rurais que estão dentro do bioma.

“É preciso dar nome aos bois. O cadastramento das propriedades rurais permite identificar quem é o responsável pelo desmatamento e separar estes produtores daqueles que acreditam que é possível produzir sem desmatar”, afirma Tatiana de Carvalho, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

No início deste ano, o Grupo de Trabalho da Soja realizou o primeiro monitoramento sobre o progresso da moratória e concluiu que a mais recente safra de soja (2007/2008) não veio de novos desmatamentos na região. Mas a verificação de campo realizada pelo Greenpeace, de dezembro de 2007 a março de 2008, constatou que, apesar de ainda não terem sido ocupados pela soja, vários destes desmatamentos ocorreram dentro de fazendas produtoras do grão.

“Na próxima safra podem começar a aparecer casos de produtores que plantaram soja em áreas desmatadas após julho de 2006. O monitoramento dessas áreas vai resultar em um desafio para a indústria: excluir de sua lista de fornecedores aqueles produtores que não respeitaram a moratória, garantindo assim o direito do consumidor de não comprar produtos que causem a destruição da floresta. Esta é a lógica da moratória ”, conclui Tatiana.

Inspirado nesta inciativa, o governo federal, anunciou em Belém na semana passada, o Pacto pela Madeira Legal e Sustentável.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Especial: Incêndios Florestais

Introdução

Há três componentes necessários para que a ignição e combustão ocorram. Um incêndio requer combustível para queimar, ar para fornecer oxigênio e uma fonte de calor para levar o combustível até a temperatura de ignição. Calor, oxigênio e combustível formam o triângulo do fogo. Os bombeiros freqüentemente falam sobre o triângulo do fogo quando estão tentando acabar com um incêndio. A idéia é que se puderem remover um dos pilares do triângulo, eles podem controlar e finalmente extinguir o fogo.

Após ocorrer a combustão e o fogo começar a queimar, há vários fatores que determinam como o fogo se espalha. Esses três fatores incluem combustível, clima e topografia. Dependendo desses fatores, um incêndio pode desaparecer rapidamente ou se transformar em um enorme incêndio que destrói milhares de acres.

Os incêndios florestais se propagam com base no tipo e quantidade de combustível que os cerca. O combustível pode incluir tudo, desde árvores, arbustos e campos de grama seca a casas. A quantidade de material inflamável que cerca um incêndio é mencionada como carga de combustível. A carga de combustível é mensurada pela quantidade de combustível disponível por área unitária, normalmente, toneladas por acre.



Incêndios, resultantes da ação descuidada do homem, estão cada vez mais freqüentes.

As causas mais comuns de incêndios florestais incluem:

  • incêndio intencional
  • fogueiras
  • cigarros acesos
  • queima inadequada de detritos
  • brincadeira com fósforos ou fogos de artifício
  • incêndios prescritos

O clima desempenha um importante papel no nascimento, crescimento e morte de um incêndio florestal. A aridez leva a condições extremamente favoráveis para incêndios florestais e os ventos ajudam o progresso do incêndio florestal - o clima pode estimular o fogo a se mover mais rápido e abranger uma área maior. Ele também pode tornar o trabalho de combate ao fogo ainda mais difícil. Há três ingredientes do clima que podem afetar os incêndios florestais:

  • temperatura
  • vento
  • umidade

Como mencionado antes, a temperatura afeta a formação de fagulhas de incêndios florestais, pois o calor é um dos três pilares do triângulo do fogo. Os galhos, árvores e arbustos no solo recebem calor radiante do sol, que aquece e seca os combustíveis em potencial. As temperaturas mais quentes permitem que os combustíveis acendam e queimem mais rápido, aumentando a taxa na qual o incêndio florestal se propaga. Por esse motivo, os incêndios florestais tendem a aumentar à tarde, quando as temperaturas estão mais quentes.

Diferenças entre focos de calor, incêndio e queimadas

Focos de calor
Qualquer temperatura registrada acima de 47ºC. Um foco de calor não é necessariamente um foco de fogo ou incêndio.

Queimadas
A queimada é uma antiga prática agropastoril ou florestal que utiliza o fogo de forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens. A queimada deve ser feita sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo se mantenha confinado à área que será utilizada para a agricultura ou pecuária.

Incêndio Florestal
É o fogo sem controle que incide sobre qualquer forma de vegetação, podendo tanto ser provocado pelo homem (intencional ou negligência), quanto por uma causa natural, como os raios solares, por exemplo.


Queimadas e incêndios aumentam nos últimos anos

Novos indícios que relacionam o aquecimento global são os novos nº. de grandes incêndios por continente e década, à maior incidência de grandes incêndios florestais em todo o mundo.
Nos EUA houve temporada terrível de incêndios e os estudos mostram o aumento progressivo e constante do nº. de incêndios da área queimada e dos prejuízos causados todos relacionados ao aumento de temperatura.

Existem outros fatores, o padrão de uso do solo também é fundamental. Mas inúmeros novos estudos publicados nos últimos seis meses de 2006 evidenciam que há relação direta entre o nº. de incêndios em todos os continentes, e a temperatura elevada.

Os cientistas afirmam com o ressecamento do solo, a vegetação também resseca e isso torna a natureza mais vulnerável ao fogo. Infelizmente mais incêndios significam quantidades adicionas de CO­2 lançados na atmosfera da Terra.

Nos últimos anos, dos mais quentes da história segundo os registros meteorológicos, deflagraram, em média, cerca de 50565 incêndios florestais por ano em território europeu, provocando danos em termos de perda de vidas humanas e a nível ambiental. Numa época marcada pelas alterações climáticas e pelo aquecimento global, a Europa debate-se todos os verões com um problema que ainda não conseguiu resolver a uma voz comum.

Não são só as temperaturas elevadas a única causa dos incêndios florestais na Europa. A seca persistente que se tem vivido nos últimos anos com o declínio dos índices de precipitação, a gestão ineficaz das florestas devido a uma deficiente política de ordenamento do território, a plantação de poucas variedades de árvores e, sobretudo, a desertificação das áreas rurais provocada pelo abandono das terras, contribuem também para a situação que se vive neste âmbito na Europa. Em 2003, segundo dados do Programa das Nações Unidas de Combate à Desertificação, 31% do território espanhol e 18% do território italiano encontravam-se numa situação de extrema vulnerabilidade perante a ameaça da desertificação.

A atividade criminosa é outro dos motivos para a deflagração de incêndios mas a Comissão a não dispõe ainda de recursos que permitam determinar a porcentagem exata do número de sinistros ocorridos devido a causas humanas.



Como evitar os incêndios?

  1. Fazer queimadas somente com autorização do Ibama e de forma controlada, com a construção de aceiros - barreiras que impedem a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito em forma de vala ou limpeza do terreno de modo a obstruir a passagem do fogo.
  2. Apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata, causando incêndios.
  3. Não jogar pontas de cigarro acesas próxima a qualquer tipo de vegetação.
  4. Está proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais.

Como prevenir um incêndio?

O objetivo da prevenção é impedir que o fogo comece, pois o combate às chamas nem sempre tem condições de ser realizado com êxito. Mas, se iniciado, o importante é que ele não se alastre. Para isso, é preciso levar em consideração as condições da área, a conscientização do perigo das queimadas e uma eficiente fiscalização.

O ser humano é o maior responsável pelos incêndios florestais, devendo ser implantado um programa permanente de educação ambiental, visando a sua conscientização sobre os prejuízos decorrentes das queimadas e a vantagem de se utilizar outras técnicas agrícolas mais modernas.
A conscientização das pessoas é um importante passo a prevenção e pode ser feita nas escolas, imprensa, instituições sociais. Para isso, é importante aproveitar cada oportunidade e prejuízos causados pelo fogo.

O conhecimento do terreno através de mapas, plantas topográficas, dados climatológicos, estradas, acessos, aceiros e mananciais de água próximos irá facilitar a ação dos bombeiros e da brigada em caso de incêndio, principalmente se isso for feito fora do período chuvoso, de maio a setembro.

Sinalizar o risco de incêndio pode ser feito através de cartazes, placas ou painéis em pontos estratégicos. É importante, nos períodos críticos, que a vigilância seja feita através de torres bem equipadas e com apoio da própria população.

Agindo em parceria com outras empresas reflorestadoras ou agrícolas, indústrias da região e prefeituras, os incêndios serão evitados e um eventual combate surtirá melhores resultados.
O Corpo de Bombeiros e as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem sempre ser avisados o mais depressa possível em casos de incêndio. É bom lembrar que o trabalho pesado deve ser deixado para pessoas capacitadas. O Corpo de Bombeiros oferece treinamento gratuito para Brigada de Incêndio. Para participar como voluntário, basta estar bem preparado fisicamente e consciente da importância dessa tarefa.

Além das parcerias com o Instituto Estadual de Florestas, IEF, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Militar de Minas Gerais, a Cemig conta com a sua ajuda, porque o maior amigo do fogo é a falta de informação.

Penalidades

Os infratores estarão sujeitos às penas previstas nos artigos 14 e 15 da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). As penas podem chegar a prisão (de três a seis anos) e multas de até R$ 4.960,00. O valor será aumentado com a regulamentação da Lei, pelo Ministério do Meio Ambiente, podendo variar de R$ 50,00 a R$ 50 milhões.

Na visão global, o fogo é considerado natural, pois o número de focos de calor, queimadas e incêndios nesta época de seca prolongada em todo o hemisfério sul. Fazer queimadas para uso agropecuário é uma prática cultural não só do Brasil e de difícil substituição. Caso fossem observadas as normas para queimada controlada e se a população contribuísse deixando de jogar pontas de cigarro acesas nas margens das estradas, apagassem restos de fogo em acampamentos e tivessem maiores cuidados ao lidar com o fogo, seriam menores as estatísticas.

Assistam uma matéria sobre os incêndios no YouTube - Aquecimento Global Causa 5 vezes + incendios em 2008