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terça-feira, 19 de agosto de 2008

LIXO x RECICLAGEM

DEFINIÇÃO

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.

Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?

Ué, mas se serve pra outras pessoas então não é lixo!

É isso aí, tá na hora de revermos o significado dessa palavra!

Que tal “tudo aquilo que foi descartado e que, após determinado processo, pode ser útil e aproveitado pelo homem”?

Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados, passarão a ser chamados de MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS; já aqueles materiais que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem passarão a se chamar MATERIAIS RECICLÁVEIS!!!

Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo PET é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa PET em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem .

QUE PROBLEMÃO, HEIN!

A situação econômica do Brasil melhorou de 10 anos para cá, resultando em aumento da demanda/procura tanto de bens de consumo (alimentos, bebidas, combustíveis etc) quanto de bens duráveis (eletrodomésticos, carros, móveis etc). A produção teve que acompanhar este crescimento e para isso foi preciso aumentar a extração de matéria-prima e o consumo de energia.

Mas o que o lixo tem a ver com isso?

Com a possibilidade de comprar mais, muitas vezes adquirimos produtos desnecessários ou nos desfazemos com mais facilidade do que já temos. Essa cultura do desperdício infelizmente ainda é bastante presente em nosso povo. Segundo o último censo do IBGE a quantidade diária de lixo urbano coletado no Brasil é de 228.413 toneladas, o que representa 1,25 Kg diários por cada um dos cerca de 182.420.808 habitantes.

Todo o processo de geração, coleta, processamento e armazenamento do lixo resulta em problemas sociais, ambientais e econômicos. Como quase todas as atividades humanas geram resíduos, em quase todos os lugares há a possibilidade do lixo estar causando problemas. Mesmo quando o lixo é tratado adequadamente alguns problemas persistem, mas no Brasil 59% do lixo produzido são lançados a céu aberto (IBGE, 2000).

E AGORA? COMO RESOLVER?

Já vimos o que é o lixo e discutimos a sua redefinição. Também apontamos todos os problemas da produção e acúmulo de lixo. Resta saber o que pode ser feito para evitar os problemas ou, pelo menos, diminuí-los.

Ao invés de fórmulas complexas ou soluções mágicas ou ainda passar a responsabilidade para o governo, a solução para esta questão passa pelo cotidiano de cada um de nós.

Todos nós geramos lixo diretamente em nossas atividades diárias e indiretamente por conta de todas as nossas necessidades (alimentos, moradia, roupas, tratamento médico, lazer etc.), portanto somos todos responsáveis por este problemão.

A educação é a melhor e mais confiável saída para esta encrenca e, por incrível que pareça, há uma filosofia muito simples que é considerada a solução mais completa.

CONHEÇA AGORA OS 3 RS:

Reduzir:

Se o lixo é um problema o melhor resíduo que existe é o que não foi gerado. Pena que é impossível viver sem produzir restos, mas é possível diminuir a quantidade produzida.

Ao repensar a relação que temos com as nossas sobras podemos identificar situações em que uma outra conduta fará enorme diferença no volume de lixo gerado.

Quando fizer compras num supermercado o consumidor pode escolher produtos que venham com menos embalagens ou com embalagens mais resistentes e reutilizáveis. Pode ainda levar os produtos para casa em uma bolsa de compras própria, evitando o uso de muitas sacolas plásticas.

No momento da escolha de bens duráveis (fogão, móveis, eletrodomésticos) podemos optar por modelos de melhor qualidade, com garantia, que durem mais reduzindo a necessidade de comprá-las de novo em breve.

De carona na redução do lixo vêm os cuidados com as reduções no consumo de água, energia e combustíveis. Estes cuidados nem sempre estão ligados à questão dos resíduos, mas combinam com a responsabilidade ambiental de todos nós, dependentes da matéria-prima, água, energia e combustíveis.

O uso racional dos recursos e da nossa lixeira é o mais poderoso protetor do ambiente e da nossa qualidade de vida. Portanto, reduzir é ótimo para a vida do planeta!

Também não podemos ignorar o desperdício de alimentos. Antes mesmo de se tornar lixo os alimentos desperdiçados já são um problema e uma vergonha nacional. O combate à miséria brasileira é batalha de longa data e sempre se soube que o desperdício no Brasil é imenso, provavelmente capaz de reduzir muito a fome em nosso país. Fruto de falhas no sistema de produção (lá no campo), distribuição e utilização dos produtos agrícolas (em qualquer cozinha), o desperdício de alimentos é o cartão de visitas de uma sociedade ainda longe de saber o valor do que possui, e que por isso desperdiça tanto.

Reaproveitar:

É dar novo uso a um material que já foi usado.

Boa parte dos nossos resíduos pode ser reaproveitada de várias maneiras. Assim como na REDUÇÃO basta refletir sobre os materiais que manuseamos no nosso dia-a-dia. Aí surge o uso dos dois lados do papel, a utilização de potes diversos para guardar sobras de alimentos na geladeira, latas que viram porta-lápis e etc. A imaginação não tem limite!

Dentro do REAPROVEITAR também podemos alojar a idéia de trocar objetos com amigos, freqüentar sebos, brechós e a super atividade de recuperar de tudo, que além de evitar a produção excessiva de lixo, serve para exercitar a criatividade e a habilidade manual.

Reciclar:

Reciclar é transformar de modo artesanal ou industrial um produto usado em um novo produto, igual ou diferente do original. Essa transformação deve ser química e/ou física, daí a diferença do reaproveitamento que não altera a matéria de maneira tão profunda .

Os benefícios da reciclagem são muitos: economia de matéria-prima, de energia e de água. Mas as dificuldades não são poucas. Cada material deve ir para uma fábrica diferente, o que demanda um esquema de separação anterior à coleta (que nesse caso tem que ser diferenciada) ou depois da coleta (quando o material sujo perde parte de seu valor de comercialização). Além disso, nem todas as regiões possuem fábricas que façam a reciclagem de todos os materiais e aí nem sempre adianta separar.

É comum que a venda dos materiais não cubra os custos da coleta seletiva e a Prefeitura pode achar que o estímulo à reciclagem não compensa. Por isso é fundamental que o órgão público encare a coleta seletiva de materiais recicláveis não só pela questão econômica, mas como um benefício social e ambiental para toda a sociedade. Se fizer a coleta seletiva integrada a um importantíssimo sistema de gerenciamento de resíduos, todos os benefícios (sociais, ambientais e econômicos) serão muito maiores. Esse sistema é a maneira mais completa de lidar com o lixo municipal, pois além de coleta seletiva e reciclagem, se preocupa e atua com relação ao lixo tóxico, lixo orgânico, aterro sanitário, lixão, impactos da coleta e da disposição, custos, questões de saúde pública e de emprego.

Quando refletimos e agimos sobre a questão do lixo em casa, na escola, no trabalho, na prefeitura e na rua, percebemos o quanto é possível que cada um de nós faça uma diferença enorme diante deste problemão. Ao assumir nossas responsabilidades sobre esta e todas as questões da sociedade, estamos de fato virando cidadãos e construindo uma nação de verdade.

Fonte: Recicloteca

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