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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Especial: Incêndios Florestais

Introdução

Há três componentes necessários para que a ignição e combustão ocorram. Um incêndio requer combustível para queimar, ar para fornecer oxigênio e uma fonte de calor para levar o combustível até a temperatura de ignição. Calor, oxigênio e combustível formam o triângulo do fogo. Os bombeiros freqüentemente falam sobre o triângulo do fogo quando estão tentando acabar com um incêndio. A idéia é que se puderem remover um dos pilares do triângulo, eles podem controlar e finalmente extinguir o fogo.

Após ocorrer a combustão e o fogo começar a queimar, há vários fatores que determinam como o fogo se espalha. Esses três fatores incluem combustível, clima e topografia. Dependendo desses fatores, um incêndio pode desaparecer rapidamente ou se transformar em um enorme incêndio que destrói milhares de acres.

Os incêndios florestais se propagam com base no tipo e quantidade de combustível que os cerca. O combustível pode incluir tudo, desde árvores, arbustos e campos de grama seca a casas. A quantidade de material inflamável que cerca um incêndio é mencionada como carga de combustível. A carga de combustível é mensurada pela quantidade de combustível disponível por área unitária, normalmente, toneladas por acre.



Incêndios, resultantes da ação descuidada do homem, estão cada vez mais freqüentes.

As causas mais comuns de incêndios florestais incluem:

  • incêndio intencional
  • fogueiras
  • cigarros acesos
  • queima inadequada de detritos
  • brincadeira com fósforos ou fogos de artifício
  • incêndios prescritos

O clima desempenha um importante papel no nascimento, crescimento e morte de um incêndio florestal. A aridez leva a condições extremamente favoráveis para incêndios florestais e os ventos ajudam o progresso do incêndio florestal - o clima pode estimular o fogo a se mover mais rápido e abranger uma área maior. Ele também pode tornar o trabalho de combate ao fogo ainda mais difícil. Há três ingredientes do clima que podem afetar os incêndios florestais:

  • temperatura
  • vento
  • umidade

Como mencionado antes, a temperatura afeta a formação de fagulhas de incêndios florestais, pois o calor é um dos três pilares do triângulo do fogo. Os galhos, árvores e arbustos no solo recebem calor radiante do sol, que aquece e seca os combustíveis em potencial. As temperaturas mais quentes permitem que os combustíveis acendam e queimem mais rápido, aumentando a taxa na qual o incêndio florestal se propaga. Por esse motivo, os incêndios florestais tendem a aumentar à tarde, quando as temperaturas estão mais quentes.

Diferenças entre focos de calor, incêndio e queimadas

Focos de calor
Qualquer temperatura registrada acima de 47ºC. Um foco de calor não é necessariamente um foco de fogo ou incêndio.

Queimadas
A queimada é uma antiga prática agropastoril ou florestal que utiliza o fogo de forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens. A queimada deve ser feita sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo se mantenha confinado à área que será utilizada para a agricultura ou pecuária.

Incêndio Florestal
É o fogo sem controle que incide sobre qualquer forma de vegetação, podendo tanto ser provocado pelo homem (intencional ou negligência), quanto por uma causa natural, como os raios solares, por exemplo.


Queimadas e incêndios aumentam nos últimos anos

Novos indícios que relacionam o aquecimento global são os novos nº. de grandes incêndios por continente e década, à maior incidência de grandes incêndios florestais em todo o mundo.
Nos EUA houve temporada terrível de incêndios e os estudos mostram o aumento progressivo e constante do nº. de incêndios da área queimada e dos prejuízos causados todos relacionados ao aumento de temperatura.

Existem outros fatores, o padrão de uso do solo também é fundamental. Mas inúmeros novos estudos publicados nos últimos seis meses de 2006 evidenciam que há relação direta entre o nº. de incêndios em todos os continentes, e a temperatura elevada.

Os cientistas afirmam com o ressecamento do solo, a vegetação também resseca e isso torna a natureza mais vulnerável ao fogo. Infelizmente mais incêndios significam quantidades adicionas de CO­2 lançados na atmosfera da Terra.

Nos últimos anos, dos mais quentes da história segundo os registros meteorológicos, deflagraram, em média, cerca de 50565 incêndios florestais por ano em território europeu, provocando danos em termos de perda de vidas humanas e a nível ambiental. Numa época marcada pelas alterações climáticas e pelo aquecimento global, a Europa debate-se todos os verões com um problema que ainda não conseguiu resolver a uma voz comum.

Não são só as temperaturas elevadas a única causa dos incêndios florestais na Europa. A seca persistente que se tem vivido nos últimos anos com o declínio dos índices de precipitação, a gestão ineficaz das florestas devido a uma deficiente política de ordenamento do território, a plantação de poucas variedades de árvores e, sobretudo, a desertificação das áreas rurais provocada pelo abandono das terras, contribuem também para a situação que se vive neste âmbito na Europa. Em 2003, segundo dados do Programa das Nações Unidas de Combate à Desertificação, 31% do território espanhol e 18% do território italiano encontravam-se numa situação de extrema vulnerabilidade perante a ameaça da desertificação.

A atividade criminosa é outro dos motivos para a deflagração de incêndios mas a Comissão a não dispõe ainda de recursos que permitam determinar a porcentagem exata do número de sinistros ocorridos devido a causas humanas.



Como evitar os incêndios?

  1. Fazer queimadas somente com autorização do Ibama e de forma controlada, com a construção de aceiros - barreiras que impedem a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito em forma de vala ou limpeza do terreno de modo a obstruir a passagem do fogo.
  2. Apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata, causando incêndios.
  3. Não jogar pontas de cigarro acesas próxima a qualquer tipo de vegetação.
  4. Está proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais.

Como prevenir um incêndio?

O objetivo da prevenção é impedir que o fogo comece, pois o combate às chamas nem sempre tem condições de ser realizado com êxito. Mas, se iniciado, o importante é que ele não se alastre. Para isso, é preciso levar em consideração as condições da área, a conscientização do perigo das queimadas e uma eficiente fiscalização.

O ser humano é o maior responsável pelos incêndios florestais, devendo ser implantado um programa permanente de educação ambiental, visando a sua conscientização sobre os prejuízos decorrentes das queimadas e a vantagem de se utilizar outras técnicas agrícolas mais modernas.
A conscientização das pessoas é um importante passo a prevenção e pode ser feita nas escolas, imprensa, instituições sociais. Para isso, é importante aproveitar cada oportunidade e prejuízos causados pelo fogo.

O conhecimento do terreno através de mapas, plantas topográficas, dados climatológicos, estradas, acessos, aceiros e mananciais de água próximos irá facilitar a ação dos bombeiros e da brigada em caso de incêndio, principalmente se isso for feito fora do período chuvoso, de maio a setembro.

Sinalizar o risco de incêndio pode ser feito através de cartazes, placas ou painéis em pontos estratégicos. É importante, nos períodos críticos, que a vigilância seja feita através de torres bem equipadas e com apoio da própria população.

Agindo em parceria com outras empresas reflorestadoras ou agrícolas, indústrias da região e prefeituras, os incêndios serão evitados e um eventual combate surtirá melhores resultados.
O Corpo de Bombeiros e as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem sempre ser avisados o mais depressa possível em casos de incêndio. É bom lembrar que o trabalho pesado deve ser deixado para pessoas capacitadas. O Corpo de Bombeiros oferece treinamento gratuito para Brigada de Incêndio. Para participar como voluntário, basta estar bem preparado fisicamente e consciente da importância dessa tarefa.

Além das parcerias com o Instituto Estadual de Florestas, IEF, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Militar de Minas Gerais, a Cemig conta com a sua ajuda, porque o maior amigo do fogo é a falta de informação.

Penalidades

Os infratores estarão sujeitos às penas previstas nos artigos 14 e 15 da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). As penas podem chegar a prisão (de três a seis anos) e multas de até R$ 4.960,00. O valor será aumentado com a regulamentação da Lei, pelo Ministério do Meio Ambiente, podendo variar de R$ 50,00 a R$ 50 milhões.

Na visão global, o fogo é considerado natural, pois o número de focos de calor, queimadas e incêndios nesta época de seca prolongada em todo o hemisfério sul. Fazer queimadas para uso agropecuário é uma prática cultural não só do Brasil e de difícil substituição. Caso fossem observadas as normas para queimada controlada e se a população contribuísse deixando de jogar pontas de cigarro acesas nas margens das estradas, apagassem restos de fogo em acampamentos e tivessem maiores cuidados ao lidar com o fogo, seriam menores as estatísticas.

Assistam uma matéria sobre os incêndios no YouTube - Aquecimento Global Causa 5 vezes + incendios em 2008

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