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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Floresta amazônica ganha fundo com US$ 1 bilhão para combater destruição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, decreto que cria o Fundo Amazônia, destinado a financiar ações de combate ao desmatamento e atividades que privilegiem o uso responsável dos recursos florestais. O fundo pretende arrecadar US$ 1 bilhão no seu primeiro ano e já tem sua primeira doação confirmada: US$ 100 milhões do governo da Noruega, que serão entregues em setembro durante visita do presidente daquele país ao Brasil.

O Fundo Amazônia ficará abrigado no BNDES e poderá receber contribuições nacionais e internacionais, exceto do poder público brasileiro – o que, em tese, garante maior agilidade e independência na tomada de decisões e na aplicação dos recursos. Esta destinação será aprovada por um Conselho Tripartite, envolvendo, de um lado, o governo federal e seus órgãos; de outro, os estados da Amazônia Legal; e uma terceira câmara formada pela sociedade civil, incluindo representantes de ONGs, povos indígenas, trabalhadores rurais, indústria e academia.

As decisões do Conselho serão tomadas por consenso e cada câmara terá direito a apenas um voto. Quinta-feira, em uma reunião no Palácio do Planalto, o governo decidiu que o fundo não será administrado pelo ministro Roberto Mangabeira Unger, responsável pelo Plano Amazônia Sustentável (PAS).

Em seu discurso, Lula afirmou que o Brasil é um país soberano e que não existe problema quanto ao controle da floresta.

"O Brasil vai assumir, sim, sua responsabilidade de cuidar da Amazônia e controlar as emissões provenientes do desmatamento. Sabemos e devemos cuidar da Amazônia. E cuidar da Amazônia é bom para a economia do País também", afirmou o presidente.

Lula também apoiou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sobre a adoção de moratórias setoriais, como a da soja e a da madeira legal.

"É melhor ter um bom acordo com os setores do que não fazer nada", disse ele.

O Fundo Amazônia foi inspirado na proposta do Pacto pelo Desmatamento Zero, apresentado ao governo e ao Congresso pelo Greenpeace e outras oito ONGs, em outubro de 2007. A medida também é consistente com a proposta do Greenpeace de criação de um mecanismo financeiro que permita a arrecadação de recursos em grande escala para viabilizar a redução acelerada do desmatamento em escala global, apresentada em Bali, em dezembro de 2007.

"A criação do Fundo Amazônia é um passo importante para assegurar os recursos necessários para combater o desmatamento, valorizar a floresta e a defesa do patrimônio biológico da região", disse Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil, que esteve presente à solenidade no Rio de Janeiro.

"No entanto, o fundo também precisa assegurar aporte de recursos nacionais, já que a economia brasileira também depende da Amazônia. Além disso, é preciso assegurar que haverá vontade política forte para transformar esses recursos em ações efetivas tanto de comando e controle quanto de promoção de atividades florestais responsáveis", disse Furtado.

O presidente Lula também encaminhou ao Congresso Projeto de Lei sobre o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima – instrumento fundamental para viabilizar tanto a Política quanto o Plano Nacional sobre Mudança do Clima. O projeto modifica a Lei do Petróleo e garante que os recursos que deveriam permitir ao Ministério do Meio Ambiente enfrentar acidentes decorrentes da exploração petrolífera – e que atualmente terminam nos cofres da União – sejam realmente empregados em medidas que ajudem a combater o aquecimento global.

"É importante que os recursos apareçam, mas o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que agora está com data marcada para setembro, foi prometido pelo governo há muito tempo. Este atraso é inaceitável, principalmente quando sabemos que o Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases que provocam o efeito estufa", lembrou Furtado.

O desmatamento, principalmente na Amazônia, é responsável por 75% das emissões brasileiras e é a principal contribuição do País ao aquecimento global.

Uma terceira medida constante do pacote é a revisão do Protocolo Verde, no qual os bancos públicos se comprometem a financiar atividades ambientalmente responsáveis. O governo ainda espera que bancos privados se juntem ao Protocolo.

Fonte: GreenPeace

6 comentários:

Virgínia / Eliã - Núcleo Pedagógico disse...

Parabéns pela iniciativa de vocês.
O Blog está muito legal e muito bem escrito, continuem sempre, ok?

DOM CALABASTO...TE^MPERO DA VIDA... disse...

Parabéns pelo blog...É preciso realmente conscientização sobre a questão da Amazônia.Incentivar e direcionar estudos e iniciativas de preservação e restauração do meio ambiente!!!!
Professores Milena e Rodrigo

Unknown disse...

As matérias do blog são muito interessantes e nos fazem refletir sobre a nossa responsabilidade na preservação do planeta e articulador de políticas públicas.

Unknown disse...

Adoramos o blog, meio interessante e acadêmico para a preservação e conscientização do meio ambiente.ERICA E MARCELO

Ândria disse...

É um assunto interessantíssimo, que deve ser tratado com muito carinho...
Pois daqui alguns anos sofreremos as conseqüências do desmatamento.
Devemos preservar a nossa Floresta Amazônica. Pois o aquecimento global está iminente.
S.O.S FLORESTA AMAZÔNICA.

Unknown disse...

Amazônia: Um pouco antes do fim.
Apesar do governo federal destinar 1 bilhão para o combate do desmatamento na amazônia, esse mesmo governo apoia uma política neoliberal que contribui para o desmatamento.
Antonio Almeida e Tânia Mara